Igreja açoriana preparada para acolher refugiados

Diretor diocesano da pastoral social destaca resposta rápida da igreja açoriana

A diocese de Angra está preparada para acolher refugiados logo que estes chegarem à região. Um ano depois do problema se ter colocado a nível nacional, os Açores continuam sem receber os migrantes que cabem na quota portuguesa, no âmbito da União Europeia.

Instado pelo Sítio Igreja Açores, o diretor diocesano da Pastoral Social, sublinha a “pronta e rápida” resposta dada pela igreja açoriana, seja no levantamento das possibilidades seja na manifestação da disponibilidade, “mas até agora a verdade é que os refugiados não chegaram” adianta o sacerdote.

“Mais uma vez demonstramos o sentido de ser cristão e logo que chegue alguém teremos naturalmente respostas para dar”, acrescentou o Pe Duarte Melo.

O responsável diocesano sublinha mesmo a atitude portuguesa em comparação com “alguns comportamentos de países europeus”.

“O nosso país foi um exemplo: enquanto uns estão a erguer muros, despoletando comportamentos e sentimentos xenófobos, Portugal testemunhou este compromisso de acolhimento e isso deve ser elogiado”, referiu o sacerdote.

Recorde-se que os 29 Centros Paroquiais dos Açores, com 413 funcionários, e as 23 Santas Casas da Misericórdia, com 1.443 colaboradores, fizeram  um levantamento das disponibilidades de cada um, com vista à recepção de refugiados, depois de um apelo “urgente” feito pelo Serviço diocesano da Pastoral Social, no sentido de “identificar estruturas residenciais que permitam o acolhimento imediato dos refugiados, sendo também relevante elencar e mobilizar outras respostas e recursos aos níveis da alimentação, educação, saúde, ocupação, formação e apoio psicossocial deste público-alvo”.

Um apelo que se estendeu a todos os organismos ligados à Igreja açoriana para que façam urgentemente um “levantamento de recursos humanos (ex. famílias de acolhimento; voluntários; técnicos superiores), habitacionais (ex. casas paroquiais disponíveis), educacionais (ex: vagas em creches/ATL’s), ocupacionais, saúde, sociais, entre outros, junto da ouvidoria/paróquia/instituição”.

 

Na ilha de Santa Maria foi mesmo disponibilizada uma casa paroquial devoluta para acolher refugiados que quisessem instalar-se na ilha, no âmbito do acolhimento aos refugiados promovido pelo Serviço Diocesano da Pastoral Social, em parceria com outras entidas, nomeadamente a Cáritas Diocesana e o Governo Regional dos Açores.

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