Produto informativo religioso nos Açores “não é um acrescento ao resto da informação”

Diretor do Serviço Diocesano das Comunicações Sociais participa nas jornadas nacionais de comunicação da igreja

O diretor do Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral das Comunicações Sociais da Igreja da diocese de Angra afirmou esta tarde em Fátima que a comunicação da igreja insular “tem dado passos muito importantes” e hoje pode ser vista “como um exemplo da relação entre a igreja e os órgãos de comunicação social”.

O cónego Ricardo Henriques foi um dos oradores do primeiro painel das jornadas anuais de Comunicação Social, intituladas  ‘Pensar a Comunicação da Igreja em Portugal’, promovidas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), que se realizam hoje e amanhã no Domus Carmeli, em Fátima.

“A boa relação entre os jornalistas e a igreja na diocese de Angra tem permitido à igreja ter uma exposição mediática grande” e “o produto religioso  no arquipélago não é um acrescento mas algo que faz parte  da informação que os jornais têm em conta como têm a informação política ou cultural”, referiu o responsável pela comunicação social da igreja na diocese de Angra.

“Desde que a igreja se faça ouvir, a informação religiosa é tida em conta da mesma maneira que a restante informação”, precisou o sacerdote que tem acumulado a função de diretor diocesano com a de porta-voz da igreja açoriana. Por isso, concluiu, “A comunicação da igreja nos Açores, talvez por ser um território disperso, ajuda a dar uma relação correta do que deve ser a relação da igreja com a restante comunicação social e com a sociedade em geral”.

Na diocese de Angra existem apenas dois títulos propriedade da Igreja- “A Crença (Vila Franca do Campo) e o Dever (lajes do Pico)-, um portal informativo on line- Sitio Igreja Açores- e, mais recentemente, um programa de rádio da responsabilidade editorial da igreja que é transmitido aos domingos, semanalmente no Rádio Clube de Angra e Antena 1 Açores e, chega também à diáspora açoriana, nomeadamente Estados Unidos e Canadá, onde existem comunidades católicas açorianas com grande protagonismo.

As jornadas de comunicação que hoje começaram em Fátima têm um formato diferente do que é habitual. O Secretariado Nacional desafiou todas as dioceses, incluindo a das Forças Armadas e Segurança, a pronunciarem-se sobre a identidade e funções de um secretariado diocesano, de um gabinete de comunicação e de que forma pode ser desenvolvido um trabalho em rede entre os vários órgãos de informação cristã.

“O que queremos é que o plano do secretariado nacional tenha aquilo que são as expetativas, sonhos e projetos de cada uma das dioceses portuguesas”, explica o padre Américo Aguiar.

Na abertura das jornadas o presidente da Comissão Episcopal dos Bens Culturais da Igreja e das comunicações sociais, D. Pio Alves, lançou o repto para que as dioceses trabalhem mais em conjunto.

“Com o número que somos e com os meios que temos podemos sempre fazer mais e melhor”, disse o prelado.

Recorde-se que o bispo de Angra, D. João lavrador, é um dos membros desta Comissão Episcopal.

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