Valorização das mulheres na igreja e na sociedade “não passa apenas pela reivindicação de mais direitos” diz bispo emérito de Angra

D. António de Sousa Braga presidiu ás Festas de Santa Maria

O bispo emérito de Angra afirmou que ao olharmos para o exemplo de Maria percebe-se que a dignificação da mulher na sociedade e na igreja “não passa apenas pela reivindicação de mais direitos mas de uma verdadeira inserção da mulher na vida em sociedade e nas comunidades cristãs”.

O prelado que presidiu, uma vez mais, às festas de Santa Maria, na ilha que lhe é consagrada e de onde D. António de Sousa Braga é natural, frisou “o importantíssimo papel das mulheres nas comunidades cristãs” e na consequente “valorização que lhes é devida”.

“Olhando para Maria percebemos que a dignificação da mulher não passa apenas pela reivindicação de direitos mas de uma verdadeira inserção da mulher na vida cristã” precisou D. António de Sousa que deixou uma segunda interrogação: “o que seria da igreja sem as mulheres e sem a sua ação?”

O pelado, que vai também presidir às Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra que se realizam este fim de semana, em Fall River, no Kennedy Park, desafiou ainda os cristãos a serem como Maria “para também experimentarem a graça da plenitude da salvação de Deus”.

Para o prelado o Magnificat (cântico de louvor) “deita por terra toda a presunção de independência e auto-suficiência do homem e, por isso, reforça a ideia de que “o cristianismo é a religião da graça e derrota toda a auto-suficiência humana” pois é Deus quem no–la dá e “nós só temos de a acolher”.

Tal como “Ela reconhece que tudo o que é e que recebe vem diretamente de Deus também nós devemos ser capazes de o fazer” concluiu o prelado que agora reside em Lisboa.

Depois de fazer uma catequese sobre a importância do Magnificat, no contexto da solenidade litúrgica da festa da Assunção da Virgem Maria ao Céu, que se realizou em toda a diocese, o bispo emérito de Angra insistiu numa ideia que lhe é cara e que se resume ao facto de Maria ser o rosto da misericórdia, “porque é mãe” e lembrar que a santidade não se conquista mas “dá-nos a esperança e a certeza da fé”.

A festa de Santa Maria, em agosto, é uma das mais importantes festas dos Açores. E embora em quase todas as ilhas e comunidades paroquiais estejam despertos para Nossa Senhora a verdade é que esta é a única ilha consagrada a Nossa Senhora do Rosário.

As festas de Santa Maria terminaram já esta semana, estando um novo ponto alto agendado agora para o próximo fim de semana com o festival musical Maré de agosto, onde a música é a componente principal, juntando milhares de pessoas na praia formosa.

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