Colaboradoras do Cais de Remar fazem peregrinação a Fátima

11 mulheres que dinamizam a loja solidária do Cais de Remar nos Fenais da Ajuda, em São Miguel, viajaram pela primeira vez até à Cova da Iria

11 mulheres micaelenses, que colaboram semanalmente com o Centro Comunitário dos Fenais da Ajuda onde é desenvolvido o projecto Cais de Remar, deslocaram-se este fim de semana a Fátima.

Com idades compreendidas entre os 28 e os 84 anos, de baixas competências sócio-profissionais, deslocaram-se pela primeira vez à Cova da Iria, acompanhadas pela Irmã Judite Moinheiro, a responsável pelo centro e pela comunidade das Irmãs de Santa Doroteia, na Salga.

“Foi uma oportunidade para lhes mostrar que com trabalho e com força de vontade conseguimos tudo. Quem sabe a próxima viagem poderá ser a Roma. Já lhes disse que não será só se elas não quiserem”, referiu ao Sítio Igreja Açores a religiosa, socióloga, cabo-verdiana que abraçou os Açores como uma missão.

O projecto Cais de Remar, que ocupa jovens e menos jovens, procurando dar-lhes auto estima e proporcionando-lhes competências sócio-profissionais, em diferentes domínios, é uma iniciativa que já leva alguns anos e que tem vindo a crescer.

O projecto com várias valências, desde a culinária à costura, possui uma loja de economia solidária, que vende produtos confeccionados por estas mulheres. Foi, aliás, com o fruto deste trabalho “que viemos a Fátima”.

A viagem durante o fim de semana permitiu uma participação em todas as principais celebrações do Santuário, desde a meditação do Rosário, à via sacra e à participação na Eucaristia dominical. Amanhã, o dia, antes da partida para os Açores, será centrado num programa mais cultural com paragens em Santarém, Nazaré e Lisboa.

As Irmã Doroteias, que lideram este projecto celebram em 2016 os 150 anos de presença em Portugal e tiveram recentemente em São Miguel uma exposição alusiva à sua história.

Atualmente as Irmãs Doroteias possuem apenas uma casa nos Açores, na Salga, concelho do Nordeste, onde apoiam a catequese e desenvolvem a ação pastoral, numa vertente mais social, na ouvidoria dos Fenais de Vera Cruz onde lideram o Centro Comunitário Cais de Remar.

Quando chegaram aos Açores, em 1993, fixaram-se primeiro na Maia, ouvidoria da Ribeira Grande.

A comunidade é composta por três religiosas que repartem os dias a promover a dignidade da pessoa, assente essencialmente na promoção sócio profissional da mulher, com uma atenção especial aos adolescentes e mais jovens, sem descurar também os idosos que visitam regularmente.

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