Funeral de D. Arquimínio Rodrigues da Costa foi presidido pelo Bispo de Angra

Qualidades pessoais e pastorais do bispo emérito de Macau foram sublinhadas por D. João Lavrador

O bispo de Angra presidiu esta tarde às exéquias fúnebres de D. Arquimínio Rodrigues da Costa que faleceu ontem em São Mateus, na ilha do Pico, aos 92 anos de idade.

Nas cerimónias, que decorreram no Santuário do Senhor Bom Jesus do Pico e foram concelebradas por todo o clero da ilha montanha, D. João Lavrador, na sua homilia, deteve-se nas qualidades pastorais e pessoais do bispo emérito de Macau, o último bispo português no Oriente.

Qualificando o momento como de “dor e de saudade” pela partida deste mundo do prelado, o responsável pela diocese insular destacou o seu trajecto de vida, “exemplar como pastor, eloquente como homem e revelador da serenidade de quem confia em Deus apesar do sofrimento e das tribulações por que passou ao longo da vida, nomeadamente nos últimos anos”.

O seu “testemunho é demais evidente na profunda fé, na simplicidade e humildade pessoais, na forte convicção evangelizadora, no amor a Cristo e à Sua Igreja, patentes na vida do Senhor Dom Arquimínio”, acrescentou ainda o bispo de Angra.

“Como sacerdote e como bispo configurou a sua vida à pessoa de Jesus de Nazaré e n’Ele encontrou um novo projecto para a vida que só na comunhão com Cristo se poderá saborear”, disse ainda D. João Lavrador.

“Todos reconhecemos e nunca é demais dizê-lo que o Bom Pastor que hoje nos deixa, o Senhor Dom Arquimínio, viveu e testemunhou a realidade nova que impregna as bem-aventuranças. De modo singular relacionam cada um dos chamados com Cristo mas igualmente dispõem o coração do discípulo para viver numa inteira sintonia com a dor e o sofrimento de cada um dos seus irmãos” frisou o bispo de Angra salientando que “o exemplo de vida, o testemunho eloquente das bem-aventuranças, pelo carregar da dor alheia à imagem do Bom Pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas”.

“De forma única, só possível aos grandes homens, soube sintonizar com todas as pessoas, com simplicidade e amizade. Por isso a grande simpatia que granjeou por todos os cantos do mundo onde doou a sua vida e de modo particular aqui entre as suas gentes”, concluiu.

O corpo de D. Arquimínio Rodrigues da Costa foi sepultado no jazigo de família em São Mateus do Pico.

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