Região tem de canalizar fundos comunitários para projectos de economia solidária, diz responsável pela pastoral social

Igreja, governo e sociedade civil voltaram a reunir-se pela segunda vez para afinar estratégias de luta contra a pobreza

O diretor do Serviço Diocesano da Pastoral Social afirma que tem de haver uma “maior disponibilidade” de fundos comunitários para apoiar projectos de economia solidária nos Açores.

O Pe. Duarte Melo, que voltou a sentar à mesa responsáveis da igreja, do governo, dos municípios e da sociedade civil envolvidos na luta contra a pobreza, diz que o dinheiro proveniente da Europa tem de ser investido em projectos de economia solidária.

“As politicas do governo no âmbito da habitação, da segurança social e da educação são importantes e estão a dar frutos mas sem o impulso de áreas decisivas como o emprego e a economia não conseguiremos quebrar este ciclo de pobreza que ainda atinge tantos açorianos” refere o sacerdote.

“Há  fundos financeiros que vêm para a região e que não podem ficar só nas grandes empresas e nos hotéis têm de servir para apoiar micro empresas e empresas de economia solidária que arranquem as pessoas desse ciclo de pobreza”, precisa o Pe Duarte Melo.

Os problemas de pobreza “não dispensam a atenção de ninguém” e o trabalho em rede que está a ser desenvolvido “é importante” mas “temos de passar das palavras a uma ação concreta”, referiu ainda no final de uma reunião que sentou à mesma mesa vários agentes das áreas sociais de luta contra a exclusão e contra a pobreza.

Esta foi a segunda reunião promovida pela igreja no âmbito das iniciativas pastorais para este ano dedicado às questões sociais.

A igreja “continua atenta e atuante” mas “precisa que todos assumam os seus compromissos” disse ainda o sacerdote.

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