“Temos de ser testemunhas vivas de Cristo e homens renovados nas famílias e na sociedade”, defende João Carlos leite

Presidente da Associação do Movimento de Romeiros de São Miguel é o convidado do programa de rádio Igreja Açores

A partir de hoje e até dia 29 de Março, 55 ranchos de romeiros- 53 de São Miguel e dois de Toronto (paróquias de Santa Maria e de São Sebastião), mobilizando cerca de 2500 homens, vão estar na estrada percorrendo os vários templos marianos da ilha, cumprindo a sua romaria quaresmal.

“Para que a romaria seja boa e profícua temos de fazer uma boa preparação, em conjunto com os irmãos, promovendo o intercâmbio entre romeiros e ranchos de forma a sermos testemunhas vivas de Cristo e homens renovados nas famílias e na sociedade” adianta o responsável pelo Movimento de Romeiros de São Miguel ao programa de rádio Igreja Açores, que vai para o ar este domingo excecionalmente depois das 10h00 na Antena 1 Açores e depois do meio dia no Rádio Clube de Angra.

Hoje saíram 11 ranchos e durante as semanas da Quaresma, na madrugada de cada sábado sairão outros, à exceção dos últimos que sairão na última quinta feira da Quaresma porque “recolhem” na quinta feira da Semana Santa.

“Serão dias intensos de grande vivência espiritual” refere João Carlos Leite colocando o acento tónico não só nos romeiros mas também naqueles que acolhem os romeiros. Apesar da máquina já estar bem montada “há sempre dificuldades na recolha dos romeiros para as pernoitas”.

“Há paróquias que acolhem ao longo da Quaresma mais de mil romeiros e muitas dessas paróquias são aquelas mais desertificadas, por exemplo no Nordeste e na Povoação, e isso, naturalmente, constitui um problema e uma preocupação” refere ainda o dirigente.

A pernoita dos romeiros pelas famílias é importante e uma componente essencial da vivência da romaria: “durante o dia rezam, fazem uma meditação interior, partilham com os irmãos mas à noite é bom terem o ambiente familiar e viverem-no” sublinha João Carlos Leite.

“Deus na sua misericórdia oferece-nos a Quaresma e nós temos as romarias quaresmais que nos possibilitam essas vivências. O romeiro faz à sua caminhada e no acolhimento das famílias, à noite, vive o ambiente familiar. É fundamental para o romeiro o acolhimento das famílias” frisa o responsável.

Este ano, pelo segundo consecutivo, as romarias coincidem com a realização do rallye dos Açores.

“Já tivemos algumas reuniões e estão todos sensibilizados. Os troços não constituem um problema. O problema para os romeiros pode ser  a mobilização dos carros e dos acompanhantes do rallye” refere confiante de “que nada acontecerá pois a sensibilização é grande”.

Este ano o Movimento voltou a colocar na estrada outdoors indicativos de comportamentos de prudência, e nas rádios, há um spot publicitário a informar os automobilistas que há ranchos nas estradas e por isso há que ter cuidado na condução.

Na entrevista ao programa de rádio Igreja Açores, João Carlos Leite fala ainda das intenções de oração recomendadas e de comportamentos que devem ser adotados pelos romeiros.

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