Autarquia mariense promove projeto geracional de ocupação dos mais velhos

Programa “Jardinagem Sénior” pretende dar resposta ao isolamento dos mais idosos.

A Câmara Municipal da Vila do Porto, ilha de Santa Maria, nos Açores, quer envolver os idosos na manutenção dos espaços verdes do concelho a partir de outubro, através do projeto “jardinagem sénior”, estimulando uma cidadania ativa e o contacto entre gerações.

 
“O programa ‘jardinagem sénior’ é um projeto que visa promover uma velhice ativa e participativa, envolvendo o máximo de idosos com a população da ilha [de Santa Maria], disponibilizando os conhecimentos que têm e que muitas vezes não são valorizados”, afirmou à agência Lusa Cristina Moreira, alegando “ser um projeto pioneiro na ilha”.

 
Além da câmara municipal, que apoiará financeiramente, são parceiros deste projeto as juntas de freguesia, os serviços florestais e as escolas primárias, já que se pretende envolver também os mais novos nos trabalhos de campo.

 
“Tudo o que diz respeito às plantas e manutenção periódica será da responsabilidade das crianças e dos idosos envolvidos”, disse Cristina Moreira, acrescentando que os idosos que frequentam os centros de convívio poderão inscrever-se na nova atividade a partir de setembro.

Além de contribuir para o embelezamento dos jardins e espaços verdes da ilha de Santa Maria e das respetivas freguesias, Cristina Moreira referiu que o projeto permitirá aos idosos que aderirem partilhar conhecimentos e experiências com os mais novos, exercitar o corpo e minimizar o isolamento e solidão.

 
“O convívio e a partilha de experiências vão ser sempre um objetivo alcançado. Se vamos ter sucesso, se o projeto se vai estender a outras ilhas dos Açores logo se vê”, disse a coordenadora do projeto.

 
Cristina Moreira reconheceu que o projeto “jardinagem sénior” irá “reduzir alguns custos” municipais com a manutenção dos espaços verdes, apesar desta não ter sido a motivação.

 
“Inicialmente o projeto não foi para reduzir custos a ninguém. Claro que no fim vai, provavelmente, reduzir alguns custos a nível de pessoal, mas vai ter sempre de ter a supervisão de alguém que entende da matéria”, sustentou.

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