Diocese reflete sobre a implementação do “Serviço Social Paroquial”, no Dia Mundial dos Pobres

 

O Serviço Diocesano da Pastoral Social vai reunir com responsáveis pastorais da ilha Terceira, para apresentar, refletir e implementar o guião de criação do ‘Serviço Social Paroquial’, este domingo, 13 de novembro, no Seminário de Angra.

“As paróquias não podem trabalhar sozinhas nesta problemática e aquilo que gostaríamos é que qualquer pessoa, que esteja numa situação desfavorável, possa procurar e confiar na Igreja para pedir ajuda e a Igreja, mesmo não tendo condições para responder, possa ser o mediador com outras instituições da comunidade como as juntas de freguesia, por exemplo”, explicou Piedade Lalanda, diretora do Serviço Diocesano da Pastoral Social.

Ao Sítio ‘Igreja Açores’, a responsável pela pastoral social na Diocese de Angra realça que desejam uma “Igreja próxima, que haja em articulação com as demais entidades da comunidade”.

“Para promovermos uma Igreja de proximidade a paróquia é fundamental. Otimizar recursos, onde eles existam, e criar novos impulsos na dinâmica social das comunidades”, salientou a socióloga.

Este  domingo, 13 de novembro,  a Igreja Católica celebra o Dia Mundial dos Pobres 2022 e o Serviço Diocesano da Pastoral Social de Angra promove uma reunião com todos os agentes da pastoral social da ilha Terceira.

O guião que vai ser apresentado, refletido e pretendem implementar visa a “otimização” dos apoios sociais por parte da Igreja, em cada comunidade local das 165 paróquias, e já foi distribuído às paróquias da diocese com um conjunto de orientações com boas práticas de intervenção social.

“Vivemos, infelizmente, problemas muito sérios: pobreza, falta de emprego, perda de rendimentos, dificuldades no acesso à saúde; temos de sair do nosso mundo e ir ao encontro de todos os que vivem mais dificuldades”, identificou Piedade Lalanda.

O novo documento que propõe a criação de núcleos de Pastoral Social, propõe também uma caracterização do universo de pessoas vulneráveis, a validação “do registo de pedido de ajuda com outras entidades”, o acompanhamento de “situações sinalizadas”, a “avaliação permanente da ação da pastoral social e o envolvimento da comunidade paroquial.

A diretora do Serviço Diocesano da Pastoral Social explica que o conhecimento de casos pontuais “deve levar a um acompanhamento mais prolongado”, observando que a ajuda não deve ficar-se apenas pela doação de um cabaz pontual, mas “todas as paróquias devem ter uma especial preocupação com estas matérias”, lembrando a implantação da Cáritas e das Conferências Vicentinas, que “fazem muito mas há alguns lugares onde nem esta realidade ainda existe”.

Segundo Piedade Lalanda, o Serviço da Pastoral Social da Diocese de Angra assinala que este setor “é ou deveria ser” o rosto humano de cada comunidade paroquial e constitui “a resposta social da Igreja, como comunidade dos crentes”, inspirada na Doutrina Social da Igreja, e na caridade cristã.

O novo guião é “simples e concreto” inspirado nos documentos do Magistério da Igreja, em particular ‘Alegria do Evangelho’ e ‘Todos Irmãos’, duas encíclicas do Papa Francisco.

O VI Dia Mundial dos Pobres, uma data instituída pelo Papa Francisco, no penúltimo domingo do ano litúrgico, este ano a 13 de novembro, tem como tema ‘Jesus Cristo fez-Se pobre por vós’ (cf. 2 Cor 8, 9).

Na mensagem para esta data, o Papa denunciou uma “pobreza que mata”, imposta por uma lógica centrada no “lucro”, na sua mensagem onde alerta também para o impacto da guerra na Ucrânia sobre as populações mais desfavorecidas do mundo, apontando a um agravamento da situação de pobreza, a nível global.

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