Igreja do Topo homenageia padre Fernando Lemos por ocasião do 42º aniversário da sua morte

Foto:Igreja Açores/DS

Iniciativa envolveu o Conselho Pastoral da paróquia e decorreu este domingo

A Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, no Topo, na ilha de São Jorge, decidiu homenagear esta tarde o padre Fernando Lemos, natural da Calheta, que serviu no Topo, entre 1964 e 1982 e depois na Fajã dos Vimes e no Loural,  e que morreu tragicamente na Serra do topo há 42 anos.

“O Padre Fernando, pese embora tudo o que passou, foi um dedicado pastor à sua Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, contribuindo para o seu crescimento espiritual, humano e cultural, tendo alcançado no coração da maioria dos seus paroquianos um lugar muito especial, lugar este que tem um nome: amizade. Disso é prova a bela recordação que tantos guardam dele” afirmou o atual pároco e ouvidor de São Jorge, Padre Dinis Silveira.

Segundo avançou o sacerdote, no seu registo de óbito consta que, além de sacerdote, era também monitor de pecuária e que não recebeu sacramentos por ter morrido subitamente num acidente, contando tão-somente 47 anos e já a residir na sua casa na calheta sem exercer o sacerdócio por razões de saúde.

Durante os 17 anos em que exerceu o ministério  na Vila Topo, foi o autor de obras significativas na Matriz, adaptação do templo às exigências do Concílio Vaticano II, em S. Francisco, tendo a paróquia assumido as obrigações da Ordem Terceira Franciscana, bem como na ermida de S. Pedro, recordou o padre Dinis Silveira.

Foto: Igreja Açores/DS

“Foi um distinto orador sacro, possuidor de uma rara e fina oratória que cativava a atenção dos fiéis, pela elevação no dizer, quase poético. A sua fama estendeu-se também a outras paróquias, como por exemplo as pregações que fazia na Novena de Lourdes, na vizinha paróquia de Santo Antão, paróquia a que se deslocava muitas vezes para substituir o Senhor Padre Leonardo, granjeando, ali também, a simpatia, estima e amizade dos paroquianos”” recordou ainda o sacerdote lembrando a vida “marcada pelo sofrimento” e pela “pouca atenção da autoridade eclesiástica”.

“Pessoalmente, apenas posso dizer que é uma honra suceder a uma figura como a do Senhor Padre Fernando, que não conheci, mas a fama das suas obras fizeram-me admirá-lo como um grande e dedicado sacerdote” confessou o pároco do Topo.

Na breve homenagem no local onde faleceu juntaram-se fieis e familiares.

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