Matriz da Fajãzinha renovada ao fim de dois anos de obras

Igreja preparada para a festa de verão em honra de Nossa Senhora dos Remédios

Uma das mais pequenas comunidades paroquiais dos Açores, a Fajãzinha, na ilha das Flores vai poder celebrar a festa da sua padroeira este verão na Igreja que esteve em obras de restauro e conservação durante dois anos.

Com 70 habitantes, esta comunidade vive esta semana um dos momentos mais festivos do ano com as celebrações da padroeira -Nossa Senhora dos Remédios-. Esta quarta-feira começa o tríduo preparatório, com uma procissão de mudança da Imagem da Casa do Espirito Santo do Rossio para a Igreja e a transladação do Santíssimo Sacramento. No sábado decorrerá a festa em honra de Santo António, como é tradição local e, no domingo, será a festa de Nossa Senhora dos Remédios, com a Eucaristia solene às 18h00, seguida de procissão.

No domingo, a filarmónica União Operária Nossa Senhora dos Remédios, fundada em 1953 e oriunda da Fajãzinha, brindou a população com um concerto a que se juntou um coro.

A Fajãzinha é uma das cinco fajãs existentes nas Flores e a quarta paróquia mais antiga da ilha, datando de julho de 1676 a sua desanexação da Vila das Lajes, concelho a que pertence, por provisão do então Bispo de Angra D. Frei Lourenço de Castro, sendo ouvidor eclesiástico o padre Domingos Nunes Pereira e o primeiro pároco o padre André Alves de Mendonça.

Desde sempre, esta Freguesia desempenhou um importante papel administrativo no conjunto da Ilha, já que ela foi, desde 1676, sede paroquial das Fajãs, englobando os lugares de Ponta, Fajã Grande, Caldeira e Mosteiro, sob o orago de Nossa Senhora dos Remédios. Só em 1850, o Mosteiro e a Caldeira ascenderam a Freguesia e, já em 1861, foi a vez de Fajã Grande e Ponta Delgada das Flores recebera tal privilégio.

De acordo com fontes históricas a escolha do lugar da Fajãzinha para sede da nova paróquia deve-se ao facto de já lá existir uma pequena igreja no chamado Adro Velho, nas imediações do atual templo.

Tratava-se, contudo, de uma igreja “muito humilde e incompleta”, em que a torre sineira só chegou 70 anos depois.

A igreja paroquial começou a ser construída a 7 de Abril de 1776, “embora em 1771 já se partisse pedra para a obra”. A sacristia norte apenas foi construída em 1787. A torre ficou por acabar durante muitos anos, já que apenas no verão de 1896 se deu início à obra para a sua conclusão.

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