Papa lembra vítimas de violência doméstica

O Papa recordou hoje no Vaticano as vítimas de violência doméstica, afirmando que a prepotência humana conduz a uma “degeneração do amor” e a abusar dos outros.

“Penso no amor doentio que se transforma em violência – e quantas mulheres são vítimas da violência, hoje. Isto não é amor”, declarou, antes da recitação da oração do ‘Regina Caeli’.

A intervenção, perante centenas de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, destacou que os cristãos devem amar “não com palavras, mas com ações.

“Amar como Cristo ama significa colocar-se sempre ao serviço, ao serviço dos irmãos, como Ele fez ao lavar os pés aos discípulos”, precisou.

“Significa sair de si mesmo, para se desapegar das próprias certezas humanas, das comodidades mundanas, para se abrir aos outros, especialmente daqueles que mais precisam. Significa colocar-se à disposição, com o que somos e temos”, acrescentou.

Francisco sublinhou, por outro lado, a exigência de recusar “outros amores”, como o dinheiro, o sucesso ou o poder.

“Essas estradas enganadoras afastam-nos do amor de Senhor e levam a que nos tornemos cada vez mais egoístas, narcisistas, prepotentes”, advertiu.

O Papa convidou a rejeitar o culto de “si próprio” e a respeitar cada pessoa, amando-a “como ela é”.

Após a oração, Francisco pediu um aplauso para o novo beato da Igreja Católica, o juiz Rosario Livatino, assassinado aos 38 anos, em 1990, pela Stidda, organização mafiosa da Sicília (Itália).

“Tornou-se testemunha do Evangelho até à morte heroica. Que o seu exemplo seja, para todos, especialmente para os magistrados, um estímulo para serem leais defensores da legalidade e da liberdade”, disse.

A cerimónia de beatificação, este domingo, foi presidida pelo prefeito das Causas dos Santos na Catedral de Agrigento, Itália.

O Papa prestou a sua homenagem a um “mártir da Justiça e da Fé”, que “nunca se deixou corromper”.

“Esforçou-se por julgar, não para condenar, mas para redimir”, prosseguiu.

O encontro de oração com peregrinos encerrou-se com uma saudação para as mães, no dia que lhes é dedicado em vários países (em Portugal, assinala-se no primeiro domingo de maio).

(Com Ecclesia)

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