Presidente do movimento elogia “dedicação, perseverança e trabalho árduo” reveladores “do amor às romarias”
O Movimento de Romeiros de S. Miguel homenageou 9 “irmãos romeiros”, na sua esmagadora maioria, ex dirigentes que desde a década de 60 organizaram e lideraram a organização das Romarias que no ano passado cumpriram 500 anos de história na maior ilha do arquipélago.
O evento, organizado em parceria com a Câmara Municipal e a Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, destacou um sacerdote polaco, que desenvolveu uma investigação académica sobre as Romarias Quaresmais de São Miguel- Padre Andrzej Grecki- SVD- e que integra o rancho de Romeiros da Ribeira Quente, sendo atualmente o responsável pela Pastoral nas Comunidades Portuguesas de Toronto. Foi, igualmente, homenageado o padre Agostinho Pinto, dehoniano, que foi assistente espiritual do Movimento, tendo desenvolvido também uma tese de mestrado sobre as romarias. Os restantes homenageados foram dirigentes, que desde a década de 60 do século XX até hoje, estiveram na linha da frente na defesa e organização das romarias: Carlos Mauel de Sousa Melo ( a título póstumo), Fernando Maré, Adriano Couto, Ildeberto Garcia, Norberto leite, Herminio de Sousa Cabral e Manuel António Pereira.
“Cumpre-nos hoje a enorme honra de homenagear e reconhecer os irmãos que, pela sua dedicação, perseverança, trabalho árduo ao longo de décadas e amor pelas nossas romarias, foram os precursores de um modelo organizacional que preparasse e desenvolvesse esta nossa manifestação de fé, secularmente identitária da nossa cultura, num Movimento verdadeiramente eclesial, sem meios financeiros nem técnicos, mas num aperfeiçoamento sustentado e constante ao longo de vários anos com vista à regulamentação e orientação para uma cada vez melhor ordem e disciplina e, deste modo, possibilitando uma melhor caminhada de introspeção, meditação, reflexão, respeito mutuo e oração”, afirmou o presidente do Movimento, João Carlos Leite.
O dirigente ressalvou a oração, tão característica dos romeiros, na solicitude destes irmãos, que “deixou uma indelével marca que o MRSM não poderia deixar de reconhecer e agradecer.
“No reconhecimento devido a estes nossos irmãos, é nosso desejo incluir todos (e todas) os que, mais formal ou informalmente, se dedicam às nossas romarias, que em cada Quaresma tornam esta Ilha do Arcanjo num verdadeiro e inigualável santuário a céu Aberto. Dessa forma, queremos crer, contribuem para a edificação da comunidade humana e do bem comum, pois as romarias são uma autêntica escola de fraternidade, de serviço ao próximo e de bem querer”, disse ainda.
Durante a homenagem houve ainda um recital de música por Helena Oliveira.