
A Diocese de Angra assinala hoje a festa do seu principal padroeiro, o padre e missionário jesuíta João Batista Machado, beatificado pela Igreja Católica no século XIX depois de martirizado no Japão.
Reconhecido pela Igreja Universal, e conhecido a nível mundial, a devoção à sua causa foi impulsionada na segunda metade do século XX, com um pedido de canonização entregue em mão a São João Paulo II, quando esteve nos Açores, em 1991 e, desde então destacam-se várias iniciativas que materializam a devoção a este beato por parte dos católicos açorianos.
Além de ter sido declarado padroeiro principal da Diocese de Angra, a sua imagem está exposta em várias igrejas da diocese e na diáspora açoriana, em esculturas e vitrais
O sacerdote dá nome a uma rua da cidade de Angra e a várias instituições da região, e tem a sua figura representada num monumento estátua, numa praça pública da cidade património.
João Baptista Machado nasceu em Angra do Heroísmo em 1582, filho de Cristóvão Vieira e de Maria Cota da Malha.
Integrado na Companhia de Jesus partiu, como missionário, para o Oriente onde foi assassinado no Japão, a 27 de Maio de 1617.
João Baptista recusou sair daquele país após uma ordem imperial que determinava o abandono do território por parte dos missionários ocidentais.
A teimosia custou-lhe a vida – cortaram-lhe a cabeça – no que foi acompanhado por outros cerca de 100 mártires de várias congregações, conhecidos hoje como os mártires do Japão.
Como ele, morreram também no Japão outros seis mártires portugueses “que aguardam canonização: Ambrósio Fernandes (Porto), Francisco Pacheco (Ponte de Lima), Diogo de Carvalho (Coimbra), Miguel de Carvalho (Braga), Vicente de Carvalho e Domingos Jorge”.
Em 2032 a diocese assinalará os 450 anos do seu nascimento, no âmbito das comemorações dos 500 anos da criação desta diocese.