A esperança “precisa de ser servida já”, afirma diretor da Comissão Diocesana dos Acólitos

Padre Marco Sérgio Tavares presidiu à missa de encerramento da IX Peregrinação de Acólitos e anunciou que a próxima peregrinação, no verão de 2026, será em Santa Maria

O responsável pela Comissão Diocesana de Acólitos afirmou esta tarde que a esperança “precisa de ser servida já” e desafiou os acólitos, sobretudo os mais novos, a não hesitarem em levá-la a todos os ambientes onde se encontram.

“Hoje cada um de vós é enviado. Não esperes até decidires uma vocação. A esperança precisa de ser servida já na tua família, junto dos teus amigos, nas redes onde fazes os teus posts, nas coisas pequeninas do teu dia-a-dia. És enviado hoje para o mundo; não esperes para falar da esperança até cresceres mais”, disse o padre Marco Sérgio Tavares na homilia da missa de encerramento da IX Peregrinação Diocesana de Acólitos que se realizou na ilha Terceira.

“Servir a esperança” era o mote deste encontro que acabou por reunir 89 acólitos de três ilhas do arquipélago- São Miguel, Faial e Terceira-, com idades compreendidas entre os 10 e os 33 anos.

“Somos hoje aqui todos irmãos e irmãs peregrinos. Hoje não estamos apenas caminhando por estas ruas de Angra ou participando numa eucaristia mais. Estamos a pisar o chão da fé; estamos na catedral a mãe de todas as igrejas paroquiais, carregando esperança nas mãos como carregamos a cruz, a luz e o incenso” disse o padre Marco Sérgio Tavares.

“Cada um de vós foi escolhido não apenas para servir no altar mas para servir no mundo” disse ainda exortando os jovens a serem “diferentes”, escolhendo sempre “a via do perdão”.

“Quantas vezes  os mais novos são mal compreendidos mas não desiste. Quantos dos vossos colegas não deixaram de frequentar a catequese, deixaram de ir à missa e ainda perguntam, com algum gozo, porque continuas a ir”, interpelou o sacerdote que iniciou estas peregrinações quando era pároco nos Mosteiros, na ilha de São Miguel.

“A esperança não é um sentimento mas uma missão” disse na primeira de três mensagens que quis deixar aos acólitos, “que são um exemplo de esperança para a Igreja e para os Açores”.

A segunda mensagem deixada é a de que “servir o altar é treinar o coração”, disse pedindo que os gestos concretos de fé “não se expressem apenas dentro da Igreja mas no mundo” para onde “cada um de vós é enviado hoje”, referiu.

“Que cada serviço do altar nos alimente na esperança” concluiu anunciando que a X Peregrinação Diocesana de Acólitos, em julho de 2026, decorrerá na ilha de Santa Maria.

Esta peregrinação já percorreu vários lugares desde as Flores a São Jorge, passando por São Miguel, Terceira e Faial.

A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. Dado que se pode acompanhar alguém indo à frente, ao lado ou atrás de outras pessoas, acólito é aquele ou aquela que, na celebração da liturgia, precede, vai ao lado ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar, refere o Secretariado Nacional de Liturgia.

Os Acólitos portugueses têm como patrono São Francisco Marto, uma das duas primeiras crianças santas não mártires na Igreja Católica. Foi canonizado a 13 de maio de 2017, por ocasião do Centenário das Aparições de Fátima.

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