Aldeia da Esperança será “um farol de uma Igreja viva” para toda a diocese

Jovens de toda a diocese foram hoje enviados para uma experiência de fé na Faja de Santo Cristo, na ilha de São Jorge, que decorrerá de 21 a 25 de julho (C/ vídeo)

 

Começou esta sexta-feira a contagem decrescente para cerca de 300 jovens açorianos que vão participar numa caminhada “exigente, transformadora e luminosa” que será a Aldeia da Esperança que se realiza em São Jorge, na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, entre os dias 21 e 25 de julho.

“Começa agora uma caminhada exigente, transformadora e luminosa. A Aldeia já está viva. A Aldeia da Esperança será um farol que se acende naquela fajã para toda a diocese. A luz que brilha é Jesus, e cada peregrino é faroleiro” afirmou esta noite o padre Nuno Maiato, um dos responsáveis pela organização pastoral da Aldeia da Esperança que esta noite presidiu à celebração de envio dos jovens peregrinos, que decorreu em São Miguel.

O sacerdote desafiou os participantes a serem “luz no meio da escuridão”.

“Sem luz torna-se difícil caminhar. Jesus é essa luz e quer que cada um de nós brilhe para que o mundo viva com mais esperança”, afirmou.

A Aldeia da Esperança propõe uma vivência comunitária despojada de luxos, onde o essencial é redescoberto: a natureza, a partilha, o silêncio e a oração.

“Na simplicidade fazemos as maiores descobertas”, reforçou o sacerdote, lembrando que “quem for aldeão nunca mais será a mesma pessoa”.

A proposta é clara: viver como peregrinos e não como turistas.

“Cada jovem é convidado a ser faroleiro, acendendo luzes de fé e esperança, na aldeia e para além dela”, disse o sacerdote.

Mais do que um retiro, a Aldeia da Esperança é uma experiência de Igreja viva, no coração da natureza, onde a simplicidade e a fraternidade se tornam caminhos para o essencial.

Nuno Cardoso Dias, voluntário, destaca a importância destes encontros para os jovens: “É difícil sentirem-se sós quando se reconhecem juntos como cristãos. Estes espaços ajudam os jovens a serem fermento para uma nova geração.”

Já a Ir. Domingas Lisboa, responsável por uma das oficinas que decorrerá na Aldeia, sublinha o valor do silêncio e da reflexão.

“Todos somos chamados desde o batismo. A beleza da ilha ajuda os jovens a encontrarem-se consigo mesmos e a escutarem a sua vocação.”

Cerca de 300 jovens de praticamente todas as ilhas do arquipélago vão estar presentes na ilha de São Jorge. Luzia Fernandes, do grupo “Apressados da Vila, de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel realça a importância da confiança nesta jornada de descoberta.

João Rainha, também de Vila Franca do Campo,  deseja reviver o espírito da Jornada Mundial da Juventude, acreditando que o contacto com a natureza estreitará a ligação com Deus.

Sónia Pinho do grupo de jovens do Livramento, ilha Viva, fala em crescimento na fé e em mais uma experiência transformadora como grupo.

Inês Resendes, do mesmo grupo, que já esteve presente na JMJ de Lisboa, em agosto de 2023, acredita que o acampamento facilitará o desligar do digital e reforçará os laços humanos e espirituais e Ana Silva parte com “expetativas altas” e vontade de rezar, comunicar e expandir amizades.

Esta noite em vários sítios do arquipélago vários jovens foram enviados para a Aldeia da Esperança. Em Santa Maria, o padre Carlos Espírito Santo presidiu a uma celebração de envio de mais de 30 jovens marienses. Também nas Flores, o padre Jorge Sousa presidiu à celebração que envolve 21 participantes da ilha mais ocidental do arquipélago na Aldeia da Esperança. Também na ouvidoria da Praia, um grupo de jovens e dois animadores das oficinas previstas para esta semana da Aldeia da Esperança foram enviados pelo padre António Santos.

 

Scroll to Top