“Rezemos para que as negociações visem o fim das guerras e o bem comum”, pede o Papa

Após a oração do Angelus, na Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo, o Papa rezou para que os esforços para acabar com as guerras e promover a paz tenham êxito

Foto: Vatican Media

Após a oração do Angelus deste domingo, em Castel Gandolfo, com a presença de 2.500 fiéis e peregrinos, o Papa Leão XIV expressou sua proximidade e oração pelas populações do Paquistão, Índia e Nepal, atingidas por fortes inundações: “Rezo pelas vítimas e por suas famílias, assim como por todos aqueles que sofrem por causa desta calamidade.”

Em seguida, o Pontífice pediu pelo fim das guerras e novamente convidou todos à oração pela paz nos territórios de conflito: “Rezemos para que os esforços para fazer cessar as guerras e promover a paz tenham sucesso; para que, nas negociações, o bem comum dos povos seja sempre colocado em primeiro lugar.”

O Papa recordou também as iniciativas de animação cultural e evangelização realizadas neste período de férias: “É bonito ver como a paixão pelo Evangelho estimula a criatividade e o compromisso de grupos e associações de todas as idades”. Citou, em especial, a recente missão juvenil em Riccione, na Itália, e agradeceu aos organizadores e participantes desses eventos.

Por fim, o Santo Padre saudou com carinho todos os presentes em Castel Gandolfo, saudou os grupos e associações presentes e abençoou a grande peregrinação ao Santuário Mariano de Piekary, na Polônia, e encerrou desejando a todos um bom domingo.

Uma missa com menos pessoas do que é habitual

O Papa Leão XIV presidiu a Santa Missa no Santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano Laziale, cidade vizinha a Castel Gandolfo. A celebração reuniu cerca de 110 pessoas, entre sacerdotes, paroquianos, colaboradores da Cáritas, acolhidos em casas de assistência, pessoas em situação de rua e participantes dos Centros de Escuta. Na parte externa, numerosos fiéis acompanharam a liturgia por meio de um telão instalado na praça em frente ao Santuário.

Cada um de nós vem à igreja com alguns cansaços e medos – às vezes pequenos, outras vezes grandes – e imediatamente sentimo-nos menos sozinhos, estamos juntos e encontramos a Palavra e o Corpo de Cristo. Deste modo, o nosso coração recebe uma vida que vai para além da morte. É o Espírito Santo, o Espírito do Ressuscitado, que faz isto entre nós e em nós, silenciosamente, domingo após domingo, dia após dia”, disse Leão XIV.

A nossa pobreza, a nossa vulnerabilidade e, sobretudo, os fracassos pelos quais podemos ser desprezados e julgados […] são finalmente acolhidos na doce força de Deus, um amor sem arestas e incondicional”, acrescentou.
Em seguida, detendo-se no Evangelho proposto pela liturgia do XX Domingo do Tempo Comum, o Santo Padre destacou que a paz de Cristo não é a mesma oferecida pelo mundo: Jesus precisa de nos dizer: ‘Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado!’. […] É a decisão de não viver já para nós mesmos, de levar o fogo ao mundo. Não o fogo das armas, nem o das palavras que queimam os outros. Não. Mas o fogo do amor, que se inclina e serve, que opõe à indiferença o cuidado e à prepotência a mansidão”.

O Pontífice lembrou a necessidade de “romper com muros”, até “dentro da Igreja, “cada um é portador de uma Palavra singular de Deus. Cada um é um dom para os outros. Derrubemos os muros” e desafiou os cristãos a não afastarem Deus da vida quotidiana.

Não deixemos o Senhor fora das nossas igrejas, das nossas casas e da nossa vida. Em vez disso, deixemo-Lo entrar nos pobres e, então, faremos as pazes também com a nossa pobreza, aquela que tememos e negamos quando buscamos a todo custo tranquilidade e segurança.”

 

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