No fim de semana, a paróquia viu-se obrigada a celebrar o terceiro domingo do Advento no Centro Pastoral como medida preventiva da segurança dos fieis

A paróquia do Bom Jesus, em Rabo de Peixe, está a desenvolver diligências junto de várias entidades para a realização de uma vistoria técnica ao teto e à cobertura do templo, após a queda de um pedaço do teto pintado, ocorrida no passado sábado. O objetivo é apurar o real estado da estrutura e definir os passos necessários para uma futura intervenção.
Em declarações ao Igreja Açores, o pároco Marco Luciano explicou que a prioridade, neste momento, passa pela “obtenção de uma avaliação técnica especializada que permita esclarecer a extensão do problema e garantir a segurança do espaço”.
“Tentámos junto de algumas entidades obter ajuda para que se pudesse fazer uma avaliação à questão do telhado e do teto pintado e perceber qual é o real estado de ambos”, afirmou.
Segundo o sacerdote, a queda do fragmento do teto não foi um episódio isolado, mas antes o resultado de uma situação que se arrasta há vários meses e que se tem vindo a agravar. Perante o aumento das fissuras, a paróquia decidiu interditar preventivamente a zona afetada, salvaguardando a segurança dos fiéis.
“O que aconteceu no passado sábado foi o resultado de uma situação que já vinha de trás”, sublinhou.
O padre Marco Luciano esclareceu ainda que, apesar de várias especulações, não é possível, nesta fase, determinar se o problema afeta estruturalmente o telhado ou apenas o teto em estuque. Para isso, considera essencial a intervenção de uma equipa técnica especializada, nomeadamente do Laboratório Regional de Engenharia Civil, num processo que está a ser articulado com a Câmara Municipal da Ribeira Grande, que manifestou disponibilidade para colaborar.
“O que podemos dizer agora são apenas suposições. É preciso um estudo sério e um relatório técnico que nos permita tomar decisões responsáveis”, referiu, acrescentando que só após essa avaliação será possível avançar para um projeto de recuperação, eventualmente faseado, que responda às necessidades do edifício.
Questionado sobre a eventual necessidade de encerrar novamente o templo por razões preventivas, o pároco admitiu que qualquer decisão desse tipo dependerá exclusivamente do parecer técnico.
“Não vou tomar essa decisão sem um pronunciamento técnico fundamentado”, afirmou, ressalvando que, à vista desarmada, não lhe parece, para já, haver necessidade de interdição total do espaço.
O responsável paroquial reconhece que o processo poderá demorar algum tempo, mas garante que a paróquia está empenhada em responder com celeridade.
“Estamos a envidar esforços para perceber o que se passa e, no futuro, iniciar uma recuperação adequada”, concluiu assegurando que está aberto “à colaboração de todos”.
De acordo com a página do facebook da paróquia, um grupo de emigrantes naturais de Rabo de Peixe, nos Estados Unidos, já estará a trabalhar para angariação de fundos para ajudar na obra de restauro.