Papa fala em batizados «não-cristãos» que exigem atenção da Igreja

Francisco abençoou membros do Caminho Neocatecumenal que vão partir em missão

O Papa encontrou-se com milhares de membros do Caminho Neocatecumenal, no Vaticano, alertando para a necessidade de ir ao encontro dos batizados “não-cristãos” e dos que vivem nas “periferias”.

“Secularização, mundanidade, tantas outras coisas, fizeram esquecer a fé. Despertai essa fé”, apelou Francisco.

A intervenção evocou a “solidão, sofrimento e afastamento de Deus” que se vivem em “muitas periferias” de muitos países, antes de elogiar o trabalho desenvolvido pelo Caminho Neocatecumental, movimento católica particularmente empenhado na ação missionária.

“Digo sempre que o Caminho Neocatecumenal faz um grande bem à Igreja”, declarou, durante o encontro na sala Paulo VI em que foram apresentadas mais de 200 famílias que vão partir em missão para países dos cinco continentes.

Na presença do fundador do movimento, Kiko Argüello, Francisco recordou a importância de evangelizar os que “nunca ouviram falar de Jesus Cristo” e aqueles que se esqueceram dele.

O discurso do Papa foi interrompido várias vezes pelos aplausos dos presentes, em particular quando se centrou no trabalho do Caminho Catecumenal.

“Hoje confirmo o vosso chamamento, sustento a vossa missão e abençoo o vosso carisma”, declarou.

Recordo que as comunidades neocatecumenais de São José, em Ponta Delgada e Cabouco, na lagoa, ilha de São Miguel enviaram dois jovens- Sara Ferreira e João Ponte- para a missão na Mongólia e em Espanha, respetivamente.

O Papa entregou crucifixos a 33 sacerdotes que vão liderar as missões em vários países, pedindo que todos sejam capazes de ajudar a Igreja a avançar para uma “pastoral decididamente missionária”.

O encontro decorreu ao som de cânticos caraterísticos do Caminho Neocatecumenal e encerrou-se com o habitual pedido de orações por parte de Francisco a todas as famílias.

O Caminho Neocatecumenal nasceu há 50 anos em Espanha, por iniciativa do pintor e músico Kiko Argüello e da missionária Carmen Hernández e é reconhecido pela Igreja Católica como um itinerário católico de formação para os dias de hoje.

CR/Ecclesia

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