Açores marcaram presença no Jubileu dos Pobres com experiência “única e muito enriquecedora” em Roma

Grupo integrou responsáveis da Cáritas da ilha Terceira e da Pastoral Social em São Miguel, com a presença de algumas pessoas em situação de vulnerabilidade

Foto: Igreja Açores

A participação dos Açores no Jubileu dos Pobres, que decorreu no último fim de semana em Roma, foi vivida com grande emoção pelos 12 representantes da Região, muitos deles em visita à Cidade Eterna pela primeira vez. A comitiva integrou dirigentes da Cáritas, elementos ligados à pastoral social e pessoas que diariamente enfrentam situações de vulnerabilidade ou exclusão social.

“É sempre uma experiência muito gratificante ir a Roma”, afirmou Anabela Borba, Presidente da Cáritas diocesana, uma das participantes, sublinhando a alegria de estar no Vaticano e de poder estar, ainda que por breves momentos, na presença do Papa.

O encontro com milhares de peregrinos de todo o mundo, unidos pelo mesmo propósito, marcou profundamente o grupo.

“É super gratificante estar com tanta gente do mundo inteiro, pessoas que lutam todos os dias para que o mundo seja um pouco mais fraterno”, afirma.

A celebração do Jubileu tornou-se, para os açorianos, uma oportunidade de comunhão com a Igreja Universal, mas também de encontro com outras dioceses portuguesas presentes no evento. Embora o ritmo intenso da viagem não tenha permitido trocas significativas com delegações internacionais, o contacto com várias Cáritas diocesanas de Portugal e outros movimentos ligados à pastoral social revelou-se marcante.

Da mensagem papal, o apelo à responsabilidade global perante a pobreza, destacou-se como o principal desafio lançado pelo Santo Padre, refere a presidente da Cáritas diocesana.

“A pobreza não é apenas uma questão da Igreja”, recordou ao sublinhar que o Papa dirigiu o seu apelo “a todos os homens de boa vontade, especialmente aos governantes dos povos”, insistindo na urgência de tornar a justiça social uma realidade concreta.

O Papa alertou ainda para a impossibilidade de existir paz sem justiça e chamou a atenção para problemas estruturais que afetam milhões de pessoas: desde limitações materiais às crises migratórias, até às desigualdades criadas pelo progresso que frequentemente esquece os mais vulneráveis. Estes temas ecoaram de forma particular entre os representantes açorianos.

A proximidade do Papa: momento mais marcante para o grupo

A passagem do Papa a poucos metros do grupo dos Açores foi vivida como um dos momentos mais emocionantes da viagem, que passou por Assis, o que “foi muito bonito” disse ainda Anabela Borba.

O novo Papa que, viveu longos anos dedicado aos mais pobres, ” é também muito atento às problemáticas sociais”, na linha de Francisco.

A presença no Jubileu teve também um profundo significado humano e espiritual para os participantes que vivem situações de exclusão social.

“Acho que sentiram muito essa presença do Papa na vida deles”, afirmou a representante açoriana, sublinhando o ambiente de acolhimento e o “abraço da Igreja de Roma” que os levou também às quatro basílicas papais que em Roma funcionam como Portas santas do jubileu.

Uma experiência que ficará para a vida

Para a maioria dos 12 participantes, esta foi a primeira viagem a Roma — e uma experiência que descreveram como profundamente transformadora. Entre momentos de partilha, oração, descoberta e proximidade com a Igreja Universal, o Jubileu dos Pobres tornou-se um marco pessoal e comunitário para os açorianos presentes.

“Foi uma experiência muito marcante”, concluiu Anabela Borba.

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