Agualva vive terceiro “Dia de Bodo” no próximo fim-de-semana

Foto: Página on-line do Império do Outeiro

É a única freguesia da ilha Terceira que tem este bodo, fora do tempo de Pentecostes e Trindade

É costume dizer-se que os dias de bodo são os dois mais importantes dias da ilha Terceira, por reunirem milhares de pessoas em volta do Espírito Santo, mas na Agualva a festa prolonga-se por um terceiro domingo de bodo. É a única freguesia dos Açores que faz este império no domingo imediatamente a seguir aos de Pentecostes e da Trindade, no lugar dos Outeiros, na parte baixa da freguesia, já a caminho das Quatro Ribeiras.

O Império dos Outeiros reúne “muitas pessoas” e tem a particularidade de oferecer “brindeiras” a todos os que nele participam.

“É um império que remonta a uma promessa de emigrantes e que durante muito tempo não tinha `casa´. Agora é organizado por uma comissão e possui uma irmandade” refere Ana Lima ao sítio Igreja Açores.

A inauguração deste império teve lugar no dia 22 de maio de 2005.

A única diferença existente entre esta celebração do culto ao Divino e as restantes é a de que, naquela semana, as insígnias do Espírito Santo permanecem no Império, onde é rezado o terço pelos devotos, segundo noticia a página on line deste Império.

Da parte da tarde, podem ver-se, por vezes, junto a este império, alguns carros com toldo, os denominados “carros do bodo”.

“É como uma coroação: reza-se o terço; na quinta feira de Corpo de Deus – coincide sempre- , vai-se buscar o vinho aos Biscoitos e é uma grande festa,  que junta sempre muita gente. No domingo há a coroação e a função oferecida pelo mordomo”, refere ainda.

No arraial as pessoas presentes convivem e petiscam ao som dos concertos da filarmónica. Neste dia o império e a despensa encontram-se abertos para as pessoas pagarem as suas promessas ao Divino Espírito Santo que, geralmente, consistem na oferta de dinheiro ou de géneros que depois são arrematados. Muitas das esmolas são feitas com o tradicional alfenim.

No fim da festa, são tirados os pelouros e nomeados os mordomos para o ano seguinte.

“Este ano como não coincide com as Sãojoaninas deve haver ainda mais gente” refere Ana lima.

“A recolha das ofertas é muito vasta e variada e as arrematações também são um momento muito alto deste bodo” refere ainda.

 

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