Bispo de Angra presidirá à celebração de abertura e ficará durante a semana com os jovens

D. Armando Esteves Domingues é o aldeão número 1 da Aldeia da Esperança que começa esta segunda-feira em São Jorge, na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, reunindo cerca de 300 jovens que, até sexta-feira, irão experimentar uma semana de espiritualidade aliada à natureza.
Inspirada no formato de acampamento, seguindo o modelo de Taizé, a Aldeia tem como lugar central o Santuário do Senhor Santo Cristo da Caldeira e visa marcar a celebração do Jubileu da Esperança, convocado pelo Papa Francisco para 2025, numa data próxima do Jubileu dos Jovens, que decorre em Roma de 28 de julho a 3 de agosto.
Participam nesta Aldeia jovens de sete ilhas dos Açores, à excepção de Corvo e Graciosa, que desenvolverão atividades que incluem trilhos de oração, workshops vocacionais e celebrações litúrgicas. As noites serão marcadas, sobretudo, por atividades culturais como concertos, noite de cinema ao ar livre e vigília. O evento é uma forma de celebrar o Ano Jubilar da Esperança e promover um encontro entre os jovens, Deus, a natureza e uns com os outros.
A iniciativa da Igreja Católica açoriana, desenvolvida pelo Grupo Coordenador do Jubileu da Diocese de Angra, pela ouvidoria de São Jorge e pelo Serviço Diocesano á Juventude, com o apoio do CNE, busca ser um modelo de sustentabilidade, promovendo práticas amigas do ambiente e educação ambiental. Por isso, o Kit do Peregrino, composto por uma mochila, uma tshirt, um boné e um copo, foi concebido em materiais amigos do ambiente. Para evitar o uso de papel, todos os peregrinos são convidados a descarregar um link onde podem ir consultando e utilizando os materiais propostos para as diversas atividades.
A criação de uma comunidade baseada em valores cristãos e de solidariedade será um pilar importante do evento, onde a relação com a natureza será valorizada, com atividades que exploram a criação e a beleza da Caldeira, Reserva da Biosfera.
A Aldeia tem infraestruturas diversas de forma a que os jovens com grande simplicidade possam viver em segurança durante estes cinco dias. A começar pelo Hospital de Campanha, montado pela Cruz vermelha Portuguesa, e pela presença em permanência do Corpo de Bombeiros da Calheta, parceiros desta iniciativa, que conta, ainda, com um apoio fundamental da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, através dos serviços do ambiente na ilha bem como das Câmaras Municipais da Calheta e de Velas sem as quais a instalação e atividades desta Aldeia seria difícil.
Para a Aldeia foi criado um hino, intitulado Sementes do Céu, com letra de Ana Torcato e Grupo Apressados da Vila e música de Paulo Pimentel.
O programa está organizado para três dias: o “Dia de Contemplação”, com a realização de dois trilhos; o “Dia da Descoberta”, com a participação em várias oficinas, orientadas por várias congregações religiosas e o “Dia de Ação”, com atividades de campo desde o cuidado da natureza ao cuidado do outro.
Para estes dias, em concreto, o Serviço Diocesano à Juventude, que elaborou os materiais que os jovens vão utilizar, conta com a participação de várias congregações religiosas, nomeadamente as Irmãs de São José de Cluny, a Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, a Congregação das irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, da Congregação Aliança de Santa Maria, Salesianos e Irmãos de São João de Deus. Também haverá dois animadores da Casa do povo de Santa Bárbara, da ilha terceira, bem como um workshop sobre ambiente assegurado pelos serviços do ambiente da Caldeira.
Os jovens participação ainda em atividades de organização do campo, onde dormem, comem e desenvolvem as diferentes atividades.
Aldeia da Esperança será “um farol de uma Igreja viva” para toda a diocese