Alunos do sexto ano das escolas da Terceira convidados a “Ativar a Esperança”

Um mural e fitas para ornamentar as árvores do Alto das Covas são algumas das iniciativas propostas pela equipa de professores de Educação Moral e Religiosa Católica

 

Cerca de 400 alunos do sexto ano das escolas da ilha Terceira participam numa atividade desenvolvida pela disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica intitulada Ativar a Esperança.

Esta manhã encheram o salão do Seminário Episcopal de Angra onde desenvolveram várias atividades entre as quais a pintura de um mural onde todos foram convidados a deixar uma marca da esperança, que são estes jovens. Além disso, foram desafiados a escrever uma frase sobre a esperança, em fitas que vão ficar instaladas nas árvores do Alto das Covas.

“A esperança é a vida” podia ler-se numa das fitas, ao lado de outra que convidava à fé, porque a esperança “é acreditar”, lia-se noutra. As fitas, com as cores do arco-íris, apresentavam ainda outras frases como a “esperança é paz” , “é a última a morrer” ou simplesmente “é fixe”.

Alicia Silva, da Escola Francisco Ornelas da Câmara, é ainda mais expressiva. Ao sítio Igreja Açores afirmou que a esperança “alimenta a coragem de nunca desistir”.

“Tenho esperança em tudo e acho sempre que cada dia é melhor que o outro e mesmo quando estou em dificuldades ou vejo algum em dificuldade procuro apoiar e dar uma palavra de esperança”. E Jesus? “Oh, Ele é tudo. Eu inspiro-me nele. Nunca hei-de ser igual mas é nele que eu me inspiro para ajudar as outras pessoas”, retorquiu à pergunta.

Gonçalo Moura, entre o nervosismo e o desejo de expressar a sua visão sobre a esperança, recorda que o essencial “é tratarmos bem as pessoas” e esse é o principal ensinamento da disciplina de EMRC.

O Vasco complementa: “o que a gente fala mais é de direitos humanos e da esperança e da importância da partilha”. Questionado sobre o tema da amizade é peremptório: “ativamos a esperança sendo esperança para várias pessoas”. A resposta mereceu nova pergunta e sem hesitar um segundo, responde “é claro que tenho esperança, para mim e para os outros”.

“Sou uma pessoa de esperança porque acho que vou alcançar o que desejo e depois vou também ajudar os outros… é isso a esperança é acreditar e partilhar”, disse com uma assertividade como quem estava a pedir que a conversa terminasse ali. E terminou, porque a hora era de fazer jogos como se uma aula de educação física estivesse a decorrer no pátio do Seminário Episcopal com arcos, bolas, fitas e cordas. Através do desporto também se “Ativa a Esperança”.

“Jogo futebol e basquete” disse o Pedro, que tem sempre esperança “nos bons resultados”. E se perderes? “Mantenho a esperança que amanhã vou ganhar. O importante é não desistir”. Ponto final.

Estes adolescentes que, vindos de vários pontos da ilha vão partilhar um almoço no Seminário, terão ainda uma caça ao tesouro e um momento de oração na Sé com o bispo de Angra.

O cónego António Henrique Pereira, coordenador da disciplina na ilha, agradeceu a participação de todos e o padre Emanuel Valadão Vaz, reitor do Seminário, deu as boas-vindas a todos os alunos.

“Para além de se divertirem espero que criem novas relações e façam novos amigos” disse o responsável, que aproveitou também para fazer uma breve descrição do que é o Seminário, “uma escola para rapazes que colocam a possibilidade de virem a ser padres”.

“Também andei na escola como vocês, do 1º ao 9º ano. E foi na escola, com 14 anos, que disse que queria ser padre e depois vim cá ter. Há vários professores vossos passaram por esta casa. Aqui aprendemos muito e recebemos muito. Somos poucos mas espero que mais tarde possam ser mais” disse ainda pedindo que cada um pudesse pensar no assunto e até falar com o professor.

De tarde as atividades decorrerão fora do Seminário.

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