Bispo de Angra apela à transposição do sentido da eucaristia para a vida quotidiana

D. António Sousa Braga presidiu ás solenidades do Corpo de Deus na Igreja de Santa Luzia em Angra do Heroísmo.

O Bispo de Angra desafiou este domingo, durante a celebração da solenidade do Corpo de Deus, na igreja de Santa Luzia, em Angra do Heroísmo, os cristãos a apreciarem o dom do amor gratuito que representa a Eucaristia e a reencontrarem a verdadeira “natureza da exigência cristã que alimenta e liberta”.

 

“Temos de viver na vida o que celebramos na Eucaristia e sermos também nós corpo entregue e sangue derramado, isto é, vida doada e oferecida ao serviço dos irmãos”, disse D. António de Sousa Bragana eucaristia concelebrada por 10 sacerdotes de Angra do Heroísmo.

 

Para o Prelado Diocesano a celebração eucarística “não é um simples ato” de culto é, sobretudo, algo que “compromete a vida”.

 

Sublinhando a importância da solenidade litúrgica do Corpo de Deus,  que radica a sua essência no pão partilhado “o próprio Deus que se dá”, afirmou que esta riqueza deve levar à partilha “da vida e dos bens” junto de quem se encontra em dificuldades.

 

“Temos de ser capazes de nos comprometer a sermos também nós pão partido e repartido de serviço e de amor, de partilha e de solidariedade”, disse D. António de Sousa Braga durante a homilia.

 

A Eucaristia que é, em “simultâneo banquete e sacrifício” realiza-se na comunhão, que “fomenta e consolida a nossa união com Cristo”, refere, ainda, D. António de Sousa Braga.

O Pão e o vinho que se comungam na Eucaristia representam a carne e o sangue que Cristo derramou pelos homens e este é um alimento “para dar vida”.

 

“É esta fé que queremos reavivar e exprimir publicamente com a tradicional procissão do Corpo de Deus que será a expressão do nosso amor e fonte inexorável de bênção e de compromisso”, acrescentou ainda o Bispo de Angra.

 

A festa de Corpo de Deus é, pelo segundo ano consecutivo, arrastada para o domingo por ter deixado de ser feriado nacional.

 

Para o Bispo de Angra este é um momento de atos de “culto público à Eucaristia, sacramento no qual o Senhor permanece presente também para lá do tempo da celebração”.

A procissão do Corpo de Deus saiu da Igreja de Santa Luzia, em Angra, e termina na Sé Catedral, com a participação de fieis, Confraria do Santissimo Sacramento da Sé; Irmandade de Nossa Senhora da Conceição e Cavaleiros do Santo Sepulcro.

A acompanhar a procissão segue a Banda Filámónica de Tulare, nos EUA.

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