Bispo de Angra diz que a primeira experiência da Misericórdia deve ser vivida no seio da família

D. António de Sousa Braga preside à Missa dominical 24h00 depois da saída da Imagem peregrina de Santa Maria

A Misericórdia é a tradução “do amor verdadeiro” e não apenas “uma palavra bonita ou mansa” e , por isso, o primeiro lugar em que deve ser experimentada é na família, disse este domingo o Bispo de Angra na Missa dominical a que presidiu na Capela do Aeroporto, na ilha de Santa Maria, de onde saíu há pouco mais de 24 horas a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

“Temos que procurar ser misericordiosos com aqueles aqui e agora, na nossa própria comunidade, na sociedade em que estamos inseridos, na família,  porque às vezes também, falamos em sermos misericordiosos com os outros, para aqueles que estão longe, e esquecemo-nos daqueles com quem nós convivemos e vivemos diariamente e são também da nossa família. Comecemos pela nossa família”, disse o prelado.

Num missa concelebrada pelos dois sacerdotes da ilha- Padres Vitor Arruda e Rui Silva- , o responsável máximo diocesano lembrou que “às vezes descuidamos o nosso relacionamento e a capacidade de ir ao encontro das pessoas problemáticas, com problemas”. Ora, “ser misericordioso é ser capaz ir ao encontro e pôr-se no lugar e ajudar as pessoas a enfrentar a vida, a enfrentar as suas dificuldades”, precisou.

A partir da liturgia deste domingo, o Bispo de Angra lembrou a importância do batismo, que nos faz discípulos e da Eucaristia que é a “centralidade da vida cristã”, adiantou ainda destacando o compromisso de todos os batizados para a transformação do mundo.

Grande parte da homilia foi no entanto dedicada ao agradecimento do prelado aos marienses “pela forma calorosa com que receberam a Imagem Peregrina”.

“Ao terminar esta estadia aqui em Santa Maria queria exprimir o meu reconhecimento, o meu agradecimento por tudo aquilo que foi feito, no acolhimento e no acompanhamento da Imagem de Nª Srª de Fátima” frisou D. António de Sousa Braga.

“Houve realmente uma participação grande, maciça das pessoas aqui da Ilha, das comunidades, das famílias seja no acolhimento da imagem, na procissão de velas, na concentração que tivemos na Matriz de Vila do Porto” disse o responsável destacando  que “vai contente por esta mobilização que houve”.

“Quero agradecer aos senhores padres, a todos os grupos, movimentos que se envolveram, que o alcançaram, que, digamos, realizaram este grande acolhimento a N. Sra. De Fátima aqui na Ilha de Santa Maria e daqui foi lançada esta peregrinação de Nª Sª pelas Ilhas, que eu considero ser um momento especial de Graça que parte daqui de Santa Maria”.

“Eu costumo dizer e ontem dizia também às crianças da catequese que Nª Sª de F. é nossa amiga, amiga de Santa Maria porque é uma ilha dedicada ao seu nome mas que também se preza de ter sido a primeira, e isso está mais que demonstrado, a construir uma capelinha em sua honra”, adiantou ainda. “Parto de Santa Maria, realmente, com esta grande esperança de que a visita de Nª Sª de Fátima tão bem acolhida e acompanhada aqui em Santa Maria agora percorrendo as Ilhas dos Açores acompanhada pelo Bispo Coadjutor D. João Lavrador vá ser, realmente, um momento muito especial de Graça e nós queremos rezar para que seja um momento especial de Graça”, concluiu.

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