Bispo de Angra diz que celebrar a Páscoa é ter coragem para “ir além da comodidade e da indiferença”

Mensagem de D. João Lavrador será apresentada na RTP Açores e Antena 1 Açores

O bispo de Angra afirma na mensagem de Páscoa que a ressurreição de Jesus de Nazaré “é o facto mais inaudito” na história da humanidade e por isso nos deve interpelar fazendo com que abandonemos o egoísmo e a indiferença.

D.João Lavrador convida os diocesanos a serem como os discípulos: “Tal como eles, também nós hoje, somos convidados a fazer a mesma experiência de Jesus Cristo Vivo que dá sentido à nossa existência e se revela como o Senhor da história e do mundo”.

Na Mensagem de Páscoa, que envia a todos os diocesanos e que será difundida através dos órgãos de Comunicação Social, nomeadamente da RTP/Açores e Antena 1 Açores, relembra que o sofrimento e a morte “não têm a última palavra” e que esta é grande mensagem da Páscoa: “a vida vivida no amor, na entrega e na doacção é reassumida em vida nova que nos faz experienciar a plenitude do nosso ser”.

“Estamos perante um movimento de saída de si mesmo para ir ao encontro de alguém, deparamo-nos com um conjunto de sinais que nos alertam para a novidade do que está acontecer e a iluminação da fé e da inteligência”, acrescenta lembrando que a realidade que fundamenta todo este caminho que conduz à experiência com o Ressuscitado “é a relação de amor com Jesus Cristo que brota da convivência com Ele”.

“A fé aclara e abre a inteligência. Na ressurreição deparamo-nos com o itinerário da fé que ilumina os sinais e que das realidades visíveis descobre a presença do Invisível que através deles Se revela”, sublinha. Sobretudo, porque a notícia de Jesus Cristo ressuscitado é uma “bela mensagem e profunda experiência no meio de uma cultura de morte e de uma sociedade fechada em si mesma”.

Por isso,  desafia: “Urge proclamar a esperança que não desilude. Somos chamados a anunciar o Ressuscitado com palavras e através dos gestos do amor e da partilha”.

No entanto alerta, para que isso aconteça é preciso ter  “capacidade de estupefacção, de contemplação; capacidade de escutar o silêncio e ouvir o sussurro de um fio de silêncio sonoro em que Deus nos fala”. Mas também ter “a coragem de ir além da comodidade das próprias seguranças, além da preguiça e da indiferença que nos paralisam” e “humildade, de descer do pedestal do meu eu”, acrescenta o prelado citando o Papa Francisco.

“Na experiência de Jesus Cristo Ressuscitado, expresso os meus votos de Santa e Feliz Páscoa, de modo especial para as crianças, os jovens, os emigrados, as famílias, os doentes e idosos, os presos e para todos os excluídos e marginalizados da nossa sociedade”, conclui.

Recordo que esta é a segunda mensagem de Páscoa do bispo de Angra que este ano, durante a Quaresma apelou especialmente à generosidade dos diocesanos para contribuírem, através da sua renúncia quaresmal, para o Fundo Diocesano de Emergência para as Crianças em situação de extrema pobreza.

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