Bispo de Angra pede “um novo ímpeto na fraternidade presbiteral” e exorta clero a concretizar a sinodalidade

Foto: Igreja Açores/CR

O bispo de Angra presidiu este domingo, na Sé da cidade, ao Jubileu dos Sacerdotes a quem pediu “um novo ímpeto na fraternidade presbiteral” e exortou os padres a envolverem-se no processo sinodal.

“Desejo que cada um recupere a serenidade no seu ministério; mas, precisamente por isso, peço-vos um novo ímpeto na fraternidade presbiteral, que mergulha as suas raízes numa sólida vida espiritual, no encontro com Ele e na escuta da sua Palavra. Alimentados por esta linfa, conseguiremos viver as essenciais relações de amizade”, afirmou D. Armando Esteves Domingues.

Na celebração, o bispo diocesano lembrou o discurso do Papa Leão XIV aos padres da Diocese de Roma, convidando os sacerdotes a ser “credíveis e exemplares”, além de ter chamado a aperfeiçoar “um estilo sinodal de viver o ministério”.

“Eu quero ser o primeiro. Ajudemo-nos nas equipas sacerdotais das Ouvidorias, nos Conselhos e Serviços Pastorais”, exortou.

Para D. Armando Esteves Domingues, “a Sinodalidade é a concretização prática da comunhão no seio das comunidades cristãs para as tornar capazes de evangelizar melhor, de desenvolver uma cultura nova na sociedade, baseada no diálogo respeitoso, na aceitação dos diferentes e na convivência fraterna com todos, todos, todos”.

Recuperando o discurso de Leão XIV, que disse que “sem a sinodalidade tudo murcha” e que esta “não foi invenção do Papa Francisco nem de Paulo VI”, mas “uma característica essencial da Igreja desde os seus inícios”, o bispo de Angra destacou, ainda,  que “não basta o empenho do Papa, é necessária a corresponsabilidade de todos os fiéis, sejam eles leigos, religiosos ou ordenados”.

“A todos exige-se uma docilidade ao Espírito e uma cultura sinodal que só poderemos adquirir com treino. Entende-se assim o desejo do Papa de que todas as comunidades ‘sejam ginásios de fraternidade e participação, não apenas locais de encontro, mas lugares de espiritualidade’”, referiu.

D. Armando Esteves Domingues agradeceu aos sacerdotes por uma vida de entrega à Igreja e ao serviço do Povo de Deus, numa celebração em que estiveram presentes nove dos 13 padres que este ano celebram os jubileus de ordenação sacerdotal (25, 50 e 60 anos).

“Parabéns, caros padres em Jubileu. Parabéns pela maravilhosa vocação a que Deus vos chamou; parabéns por estardes aqui a agradecer e renovar o dom da Ordenação e os anos de ministério. Obrigado pelo que sois e fazeis na diocese”, expressou o bispo, agradecendo ainda por construírem a “comunhão no presbitério, essencial à missão desta Igreja Local”.

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