Diocese de Angra em festa para nova ordenação sacerdotal

Em 20 anos foram ordenados na diocese insular 55 sacerdotes

A diocese de Angra volta a vestir-se de festa este fim de semana para celebrar a 56ª ordenação sacerdotal em 20 anos.

Pedro Lima, diácono e aluno do Seminário Episcopal de Angra vai ser ordenado presbítero pelo bispo de Angra, D. João Lavrador, na igreja Matriz da Horta, este sábado, às 15h00.

É a primeira ordenação presbiteral a que o novo prelado insular preside desde que é titular da diocese de Angra. O futuro padre, natural das Angústias, na ilha do Faial,  diz que a “vocação é uma questão de felicidade e decisão”.

Diácono desde janeiro o Pe Pedro Lima celebrará a sua Missa Nova no domingo pelas 16h00, na igreja das Angústias, paróquia onde cresceu.

Pedro Lima foi o único finalista do Seminário Episcopal de Angra neste ano lectivo, e é tido como um aluno “brilhante”.

Numa entrevista ao Sítio Igreja Açores aquando da ordenação de diácono, em janeiro deste ano, o jovem não poderia ser mais honesto: “O que me tira o sono é confrontar-me com a exigência do Evangelho e saber se estou capacitado para encarná-lo no meio onde me vou encontrar, com toda a liberdade e responsabilidade”.

Quanto à vocação é peremptório: a “Vocação é uma questão de felicidade e decisão. Decidir seguir mais de perto o exemplo de Cristo é uma grande aventura. Implica arriscar, escolher, optar, confiar e, sobretudo, amar. Nunca esquecendo que o sinal mais visível do amor é a Cruz, a entrega o viver para o outro” referia.

A sua vocação germinou nas Angústias, no Faial, junto do padre Júlio da Rosa, falecido no ano passado, com quem tinha uma grande proximidade.

“Tenho pena dele já não poder assistir à minha ordenação” dizia o futuro sacerdote no dia em que perdeu uma “espécie de pai”.

O discernimento foi feito no Seminário e Pedro Lima não deixa de agradecer a quem o ajudou.

Completou os últimos três anos sozinho, como aluno único do seu ano o  “que pode ter permitido uma maior confiança e proximidade com o professor, mas com uma grande perda de partilha de experiências”, reconhece.

A sua principal preocupação neste momento “é encontrar e ajudar todos aqueles que se cruzam comigo na tarefa da busca de um sentido e de uma razão para a vida, no meio de uma sociedade individualista e cómoda, despreocupada com o essencial e com os valores. No meio disto tudo, ser testemunha da presença de Deus em todos os âmbitos da vida”.

Quanto ao ministério que abraçará dentro de pouco mais de um mês refere que ser padre “é, por um lado, ser um pastor e, por outro, um discípulo. Pastor porque está ao cuidado de um povo/comunidade, conhece-o e guia-o pelo melhor caminho ao encontro de Cristo. Como discípulo, está na condição de servidor da comunidade, preocupado com as suas inquietações e problemas, pronto a escutar, a aprender e a caminhar com o seu rebanho”.

No próximo ano a diocese de Angra terá dois novos jovens diáconos que serão ordenados presbíteros e depois, em 2018 e 2019, será ordenado apenas um sacerdote em cada ano. Recorde-se que o anterior bispo de Angra, em 20 anos, ordenou 55 sacerdotes.

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