Diretor diocesano da pastoral juvenil apela a um Natal “verdadeiro” sem “falsidades “

Jovens micaelenses assinalaram último domingo do Advento com o Movimento dos Cursos de Cristandade

O Diretor Diocesano da Pastoral Juvenil, Pe Norberto Brum propôs este domingo que os cristãos açorianos vivam um Natal “verdadeiramente cristão” longe do “paradoxo” que é “desejarem boas festas e estarem mal uns com os outros”.

Na Eucaristia que juntou os jovens da pastoral da juventude com o subsecretariado de São Miguel do Movimento dos Cursos de Cristandade (MCC), de que é também assistente, o Pe Norberto Brum, salientou que cada cristão tem de refletir se “por dentro está preparado para viver este Natal”.

“De que servem as ornamentações e desejarmos todos uns aos outros boas festas se depois a família está mal, oferecemos coisas materiais mas deixamos de fora o essencial: Jesus e a nossa disponibilidade para vivermos o seu amor”, destacou o sacerdote.

Durante a Eucaristia, concelebrada por quatro presbíteros, na Igreja Matriz das Capelas (entre eles o pároco, Pe Hélio Soares) o responsável pela pastoral juvenil na diocese de Angra sublinhou a necessidade de se  “deixar que Deus faça família connosco”.

Lembrando os tempos de infância, de cada vez que faltava a eletricidade “e tínhamos sempre com que nos entreter”, o sacerdote afirmou que “era bom que se fosse embora a eletricidade toda deste mundo para ver se conseguíamos regressar à verdadeira luz de Deus”.

Referindo-se às leituras deste quarto domingo do Advento, o Pe Norberto Brum exaltou o papel de Maria que apesar de ter um projeto de vida próprio soube ouvir a palavra de Deus e mudar o rumo da sua vida.

“O Natal é isso: é crer que Deus está no meio de nós, nunca nos abandona e está sempre disponível” disse o sacerdote lembrando que não vale a pena “preocupamo-nos com construções de templos, com procissões nem com opas” porque o que Deus quer de nós “foi o que Maria fez” e, como ela “deixemo-nos surpreender”.

A Eucaristia contou, ainda com dois momentos simbólicos protagonizados pelos jovens presentes: no momento do ofertório e depois da comunhão.

Os membros da equipa diocesana da pastoral juvenil ofereceram um conjunto de bens essenciais, como fazem habitualmente em todas as celebrações em que participam, como forma de “angariar ingredientes” com os quais realizam dois jantares mensais para sem abrigo, reunindo habitualmente 70 pessoas.

Já depois da comunhão os jovens fizeram uma roda, em volta de todos os bancos da igreja e convidaram a assembleia a unir-se em abraços.

No final, o pe Norberto Brum leu uma mensagem de boas festas em nome dos jovens e do subsecretariado do MCC, desafiando, uma vez mais, os presentes, a não ficarem indiferentes perante as injustiças da vida e do mundo.

“No meio da confusão de valores, em que os pais “do menino” estão desempregados, onde os restos de uns são tudo para outros saibamos encontrar Deus”, concluiu.

Depois da eucaristia seguiu-se um momento de partilha onde o objetivo principal foi o convívio inter-geracional.

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