Escuteiros incentivados a “trabalhar depressa” para que “a esperança não morra”

Missa de Ação de Graças na Sé assinala 100 anos do Escutismo Católico nos Açores

Foto: Missa de Ação de Graças na Sé

A Sé de Angra recebeu, este domingo, a missa de ação de graças pelos 100 anos do escutismo católico nos Açores, numa celebração marcada pela presença de dirigentes, escuteiros e assistentes espirituais do CNE (Corpo Nacional de Escutas).

A eucaristia foi presidida pelo Padre Daniel Nascimento, assistente nacional do CNE, acompanhado por vários assistentes regionais, entre os quais o assistente da Junta Regional, padre Moisés Rocha.

Na homilia, o Padre Daniel Nascimento destacou o chamamento universal do escutismo e da fé cristã que radica no “ir mais além” e convidou os escuteiros a não ficarem presos ao passado.

“Celebramos 100 anos de muita coisa boa, mas olhamos para os próximos cem anos e queremos viver ainda melhor o Evangelho” afirmou o sacerdote desafiando os cristãos em geral e os escuteiros em particular a serem construtores de “pontes e de novas estradas”.

Foto: A Missa foi presidida pelo Assistente Nacional do CNE e contou com a presença dos assistentes regional e de núcleo da ilha Terceira.

Inspirado na imagem bíblica da porta estreita, que o evangelho proclamado este domingo refere, o sacerdote sublinhou que o caminho do cristão e do escuteiro exige “esforço, humildade e empenho”.

“Jesus que é a porta convida-nos a passar para outro espaço. Mas essa porta é estreita e baixa, como a de Belém (numa alusão ao lugar onde nasceu), onde precisamos de nos dobrar para passar. É um convite à humildade. O nosso caminho não é fácil: exige esforço, dedicação e sobretudo esperança” afirmou.

O novo assistente nacional do CNE, nomeado em 2023 substituindo o padre Luís Marinho, lembrou ainda que o escutismo é uma pedagogia ativa, onde se aprende fazendo, e onde a esperança deve ser continuamente semeada, numa alusão ao lema deste jubileu do centenário do CNE nos Açores.

“Não basta estar, é preciso fazer algo mais. Diante das dificuldades, somos chamados a construir pontes, estradas novas, a semear esperança. A esperança não é uma mera expectativa: é uma virtude que corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem”, disse o presbítero, natural de Setúbal.

Também o Padre Moisés Rocha, assistente da Junta Regional dos Açores do CNE, deixou palavras de gratidão, recordando todos os dirigentes e jovens que serviram esta causa ao longo do último século.

“Demos graças recordando todos os que aqui passaram, tantos que deram a sua vida ao serviço desta causa. Vamos continuar a semear muita esperança nestas nove ilhas.”

“O tempo passa depressa,  também nós temos de trabalhar depressa para que esta esperança não morra no nosso coração”, disse ainda.

A cerimónia contou ainda com a presença do chefe nacional do CNE e do reitor do Seminário Episcopal de Angra, bem como do Assistente do Núcleo da ilha Terceira, reforçando o caráter histórico da celebração.

As celebrações do centenário , com o lema “Cem anos a Semear Esperança” começaram esta sexta-feira e prolongam-se até amanhã numa sessão solene que será presidida pelo bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues.

Açores celebram 100 anos de Escutismo

 

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