Celebração decorreu esta segunda-feira
O Mosteiro das Clarissas, nas Calhetas, viveu esta segunda-feira, uma das suas datas mais emblemáticas: a festa em honra de Santa Clara, fundadora da Ordem das Clarissas e modelo de vida dedicada à oração e à simplicidade, informa uma nota enviada ao sítio Igreja Açores.
A celebração eucarística foi presidida pelo Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo, Cónego Manuel Carlos Alves e concelebrada pelo capelão do Mosteiro, padre João Chaves, pelo Franciscano Frei Luís de Sousa e pelo padre José Tavares.
“Num ambiente de profunda fé, a liturgia foi enriquecida por cânticos e orações que recordaram a vida e exemplo Clara de Assis” sublinha a nota informando que o convite feito pelas irmãs clarissas “encontrou eco no coração da comunidade, levando muitos fiéis a participar na cerimónia. Entre os presentes, encontravam-se devotos habituais e visitantes que, movidos pela devoção ou pela curiosidade, quiseram partilhar este momento singular de vivência cristã”.
No final da missa, numa zona do Mosteiro realizou-se um convívio fraterno, onde não faltaram gestos de hospitalidade e partilha. À mesa, viam-se iguarias típicas, enquanto se trocaram histórias, sorrisos e memórias das festas de outros anos.
“A Festa de Santa Clara nas Calhetas para além de um ato de fé, é também um símbolo de continuidade das tradições religiosas locais, preservando um património espiritual que atravessa gerações” conclui a nota.
Santa Clara de Assis, discípula e amiga de São Francisco de Assis, fundou a Ordem das Clarissas, dedicada à vida contemplativa, pobreza evangélica e oração. Canonizada em 1255 pelo Papa Alexandre IV, é padroeira da televisão e das comunicações, por se acreditar que, quando doente, assistiu milagrosamente à missa à distância.
Anualmente, o Convento das Clarissas, situado num espaço de recolhimento e oração, nas Calhetas, ilha de S. Miguel, é o local sagrado onde as irmãs clarissas vivem em clausura segundo a regra deixada por Santa Clara, e onde é promovida a festa em honra de Santa Clara, que ocorre a 11 de agosto. Ao longo do ano, a comunidade abre as portas, não apenas em momentos festivos, mas durante todo o ano, mantendo viva uma tradição que liga espiritualidade e proximidade com a população.