Francisco elege trabalho com pobres e mais fracos e condena clericalismo na Igreja

Missionários do Sagrado Coração de Jesus foram desafiados a mostrar com «obras e vida» o amor de Deus pelos «pequenos e últimos»

O Papa Francisco pediu esta manhã aos Missionários do Sagrado Coração de Jesus para elegerem os pobres e os fracos no seu trabalho pela justiça e solidariedade, regressando ao “primeiro e único amor”.

“Convido-vos a procurar e cuidar as ovelhas perdidas e feridas, a trabalhar pela justiça e a solidariedade com os fracos e os pobres, a dar esperança e dignidade aos deserdados, a ir por todo lado um ser humano espera ser acolhido e ajudado”, afirmou o Papa numa audiência aos 100 participantes no Capítulo da congregação missionária.

Sublinhou Francisco que aos missionários, “ao serem enviados ao mundo”, é-lhes confiada a missão de mostrar, em cada um através das obras e da vida, “o amor terno e apaixonado de Deus para com os pequenos, os últimos, os indefesos, os descartados da terra”.

Reunidos em Capítulo para “atualizar e renovar o carisma do fundador, o sacerdote Jean Jules Chevalier”, Francisco renovou apelos contra o clericalismo.

“Por favor, não cedais ao mal do clericalismo, que afasta as pessoas e, especialmente, os jovens da Igreja, como outras vezes pude recordar”.

Aos missionários o Papa pediu uma “verdadeira fraternidade”, capaz de “aumentar a comunhão com os leigos” que colaboram no apostolado e partilham “as riquezas da espiritualidade que brota do carisma do Instituto”.

Na audiência que a Sala de imprensa da Santa Sé dá conta, Francisco indicou ainda a urgência de acompanhar as novas gerações na aprendizagem de “valores humanos e cultivar uma visão evangélica da vida e da história”.

“Esta é uma das fronteiras da missão evangelizadora da Igreja, para as quais toda a comunidade cristã é convidada a sair”.

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