Igreja de Nossa Senhora do Carmo reabre portas esta quarta feira

O templo que tem como orago principal Nossa Senhora do Carmo, e não está habitualmente aberto ao culto, foi sede do Tribunal da Relação dos Açores, que já foi extinto.

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ponta Delgada, abre as suas portas ao público, à semelhança dos anos anteriores, no dia da Festa de Nossa Senhora do Carmo, sua padroeira, na próxima quarta-feira, dia 16 de Julho, das 9H30 às 17H30, informa uma nota do Gabinete de Apoio à Comunicação Social do Governo Regional dos Açores a que o Portal da Diocese teve acesso.

 

Segundo a nota, a Eucaristia será celebrada às 12H00. Ao longo da tarde, Isabel Albergaria, professora de música e organista e algumas alunas do Conservatório Regional de Ponta Delgada, tocarão no órgão de armário, datado de 1794, construído por Joaquim António Peres Fontanes e restaurado em 1989 por Dinarte Machado.

 

Datada do século XVIII, a Igreja possui uma fachada em estilo barroco com três portais, sendo o seu interior de nave única com teto de abóbada pintado. O retábulo do altar-mor e laterais são de talha policromada e na capela-mor está ainda representado o brasão de armas dos Albuquerques.

 

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo está classificada como imóvel de interesse público desde 28 de Julho de 1981 (Resolução n.º 58/81, publicada em Jornal Oficial).

 

 

Esta Igreja pertenceu ao antigo convento de Nossa Senhora da Conceição, fundado na segunda metade século XVII, pela família Andrade de Albuquerque. Este foi o quarto e último convento de freiras instituído em Ponta Delgada. Chaves e Melo refere que o Convento da Conceição no ano de 1723 tinha 44 freiras e 15 servas, pupilas e noviças e dispunha de considerável riqueza. Chamavam às feiras deste convento Comendadeiras de Nossa Senhora da Conceição.

 

Desde a extinção das ordens religiosas no séc. XIX, o convento sofreu muitas obras de remodelação com o objetivo de ali instalar serviços públicos: Quartel-general da 10.ª Divisão Militar, Polícia, Governo Civil, Junta Geral do Distrito e Junta Regional. Nos lugares onde existiam os coros alto e baixo, estiveram instalados os antigos Tribunal da Relação dos Açores e o Tribunal Judicial da Comarca.

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