Império do Topo celebra Pentecostes com Missa, coroação e sopas

Foto Igreja Açores/DS

Tradição da Festa do Divino Espírito Santo vive-se desde a `Pascuela´

No primeiro domingo a seguir à Páscoa, o Topo, na ilha de São Jorge, entra em modo de festa com a celebração dos jantares do Divino Espírito Santo. Mas, é no domingo que encerra o tempo pascal, com a celebração do Pentecostes, que a festa ganha uma maior dimensão com a celebração da Missa, da coroação e a oferta de sopas a toda a comunidade.

Este domingo a tradição voltou a cumprir-se depois de ontem já ter havido um cortejo com a coroa e a bandeira até ao Império e, depois, a distribuição de esmolas, que são compostas por carne, pão e vinho.

Foto Igreja Açores/DS

Hoje foi celebrada uma Eucaristia, com coroação, seguida de procissão e de um almoço de sopas.

A festa mantém-se até à Trindade. Esta segunda-feira realiza-se o bodo de leite, com a bênção de animais e na terça feira de manhã será celebrada uma Missa em honra de Nossa Senhora do Rosário.

As festas no grupo central ganham uma importância tal que só para as ilhas do triângulo o Governo Regional decreta a cedência de tolerância de ponto na terça-feira a seguir ao Pentecostes para que os picoenses, faialenses e jorgenses possam assinalar de forma tradicional esta festa.

No Topo, no fim de semana a seguir à Trindade ainda se realiza o “Jantarinho das Meninas” que é um império formado apenas por senhoras e que se celebra no final de todas as festas do Divino Espirito Santo.

Na ilha de São Jorge há 23 Impérios.

Segundo consta, a celebração deste culto, na Vila do Topo, tem tradição secular e julga-se que foi implementada pouco tempo depois do povoamento desta zona da ilha de S. Jorge. Não existem quaisquer registos que confirmem esta hipótese, porém o conhecimento legado pelos ancestrais, que sempre viveram nesta Vila, indica essa possibilidade.

Esta antiga tradição mantém-se através do pagamento de promessas dos irmãos, efetuado através da realização de jantares em honra do Divino Espírito Santo.

A celebração do Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, evoca a efusão do Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade na doutrina católica.

Foto Igreja Açores/DS

 

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