de Santa Cruz das Flores

A Ouvidoria da Ilha das Flores inaugurou este domingo a primeira exposição de Custódias da ilha, que estará patente ao publico até 31 de outubro, na Sacristia Norte da Igreja Matriz de Santa Cruz das Flores.
“Custódias da Ouvidoria das Flores: O Rosto Visível do Mistério” reune 15 peças de diversas paróquias, apresentando um património de profunda beleza artística e espiritual, através do qual a fé do povo das Flores se expressou e continua a exprimir-se ao longo do tempo.
A abertura oficial da exposição realizou-se depois da missa dominical, com um momento orante e contemplativo, em que o Santíssimo Sacramento foi solenemente exposto.
“São peças de grande valor espiritual e cultural, guardadas com zelo nas nossas igrejas paroquiais, onde continuamente cumprem a sua missão: tornar visível o Invisível, elevando os olhos e os corações para a presença real de Cristo na Eucaristia” pode ler-se no texto do flyer que que acompanha a exposição.
“Mais do que objetos preciosos de prata ou ouro, estas custódias são janelas abertas para o Mistério da Transubstanciação, expressão de uma fé que atravessou gerações, em que cada paróquia soube encontrar artistas e benfeitores dispostos a oferecer o melhor para adorar Aquele que se fez pão para a vida do mundo”, pode ler-se ainda.
A custódia — ou ostensório — é o objeto litúrgico destinado a expor solenemente o Santíssimo Sacramento para adoração pública. A sua origem remonta às visões místicas de Santa Juliana de Mont Cornillon (Bélgica, 1209), que impulsionaram a instituição da Festa de Corpo de Deus. Em 1226, por ordem do rei Luís VII de França, o Santíssimo foi exposto publicamente após a vitória sobre os heréticos albigenses, marcando uma nova etapa no culto eucarístico. Uma das primeiras custódias de que há registo foi construída para a Catedral de Reims, em 1324.
“A presente exposição pretende ser um itinerário de beleza e fé do povo das Flores, convidando cada visitante à contemplação, à gratidão e ao reencontro com o coração do Evangelho:“Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28,20)”, conclui o texto deixando um apelo: “Que esta mostra nos ajude a redescobrir a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja e nos inspire a viver com renovada confiança o caminho da Esperança, sob o olhar amoroso de Cristo que, no Sacramento do Altar, permanece no meio do seu povo”.