Celebração da iniciativa “Às sextas no Convento” deu graças pelo dom da vida do Papa Francisco, que através dos seus gestos “nos elevou para Deus”
Os jovens que participaram esta sexta-feira à noite na celebração promovida no âmbito da iniciativa “Às sextas no Convento” foram convidados a não desistir perante as adversidades da vida e, através de pequenos gestos, a ser portadores de Cristo vivo no mundo, em especial junto dos outros jovens.
“Vocês jovens são os grandes portadores de Jesus Cristo ressuscitado para os outros jovens; é isso que Ele nos pede e é isso que o Papa nos pediu de muitas formas e com muitos ensinamentos: levá-Lo para a outra margem”, disse esta sexta-feira à noite monsenhor Gregório Rocha, vigário geral da diocese de Angra.
“Ele pede-nos que sejamos portadores do seu amor; Ele dá-nos a sua Palavra para que nós iluminemos a nossa vida e a partir dessa Palavra possamos levar o mesmo aos outros” prosseguiu o responsável diocesano numa celebração que tinha como propósito dar graças pelo dom da vida do Papa, que faleceu na segunda feira aos 88 anos de idade, na véspera do seu funeral.
A partir da liturgia e do convite de Jesus aos discípulos para lançarem as redes de novo, já que a primeira pesca não tinha sido favorável, o sacerdote deixou o desafio: “quando confiamos só em nós, facilmente temos a tentação de desistir; mas o Senhor tem sempre a última palavra e hoje, se calhar o que precisamos, é de lançar de novo a rede para a outra margem, que é esta vida que está a nossa frente e que queremos viver de uma forma mais intensa para correspondermos àquilo que o Senhor quer de nós”.
Celebrando não apenas a vida mas o espírito de missão e serviço que o Papa Francisco tanto inspira, Monsenhor Gregório Rocha recordou as inúmeras palavras do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de Lisboa convidando, uma vez mais, os jovens a serem surfistas do amor.
“Ele pedia aos jovens que fossem surfistas do amor, convidando-os a formar uma grande onda de amor e nós somos convidados a levá-la hoje a todos, à outra margem. Somos nós que devemos mostrar Jesus vivo; Ele está na Palavra, na Eucaristia e em todos os gestos, atitudes e ações que façamos para ajudar a crescer o outro”, disse ainda.
“Qualquer gesto, por mais pequenino que seja que nós façamos para ajudar o companheiro, o amigo a ser mais feliz, é mostrar Jesus Cristo ressuscitado. Nós mostramos que Ele está vivo quando somos portadores da sua vida e do seu amor, numa atitude de serviço a bem do outro” sublinhou, recordando que jesus passou por este mundo a anunciar e a fazer o bem
“Esta era uma das grandes preocupações do papa Francisco: que todas as pessoas pudessem encontrar ambiente e condições para viverem a sua dignidade humana. Nós podemos ajudar a que a dignidade das pessoas possa ser aliviada, e de cada vez que o fazemos estamos a prolongar a ressurreição de Jesus Cristo”, concluiu.
A celebração com os jovens, no âmbito desta iniciativa semanal promovida pelo Serviço Diocesano à Juventude em parceria com o Santuário do Senhor Santo Cristo, contou com a participação dos membros da Assembleia Conjunta dos Conselhos Presbiteral e Pastoral Diocesano, que esteve reunida durante dois dias em Ponta Delgada, para refletir como podemos caminhar como Igreja todos juntos para tornar mais presente esta palavra este amor de Jesus a todos , esta força viva na nossa igreja.
“Vocês jovens são importantes nesta tarefa: têm uma palavra e dizer-nos como podemos fazer este caminho em conjunto para manifestar a força da vida e da ressurreição de Jesus”, disse ainda o sacerdote.
“Assim como os discípulos tiveram a coragem de lançar a rede também nós, também vos tenhamos a coragem de lançar uma e outra vez a rede e criarmos momentos de escuta para que o senhor Jesus através do espírito se faça ouvir”.
“O que queremos é celebrar o dom da vida do Papa e o dom do seu pontificado. A grande mensagem está na carta que ele escreveu a todos os jovens: Jovens convidados a não desistir de levar o amor de Deus ao mundo nem que seja em pequenos gestos Cristo vive e quer-te verdadeiramente vivo e nós estamos aqui para vivermos verdadeiramente. O sorriso, a luta pela paz são sinais de vida, de ressurreição e de esperança para hoje, os jovens são a esperança e o Papa Francisco sempre os viu assim” disse, por seu lado, o assistente do Serviço Diocesano à Juventude, padre João da Ponte.
“Não é uma mera homenagem mas colocar a vida do Papa Francisco na mão de Deus, agradecendo o dom desse vida e todos os benefícios do seu pontificado” disse recordando que Francisco “trazia os jovens no coração, sobretudo os que mais sofrem, os que não têm emprego, os que andam entretidos com dependências, os que não têm rumo”.
A celebração terminou com uma distribuição de flores nas portas da cidade.
“De cada vez que queremos agradecer ou brindar alguém oferecemos flores. Este é o sentido deste gesto também hoje”.