“Não a um mundo dividido entre potências em conflito”, alerta o Papa

O Papa alertou hoje no Vaticano para o possível regresso dos cenários que levaram à “Guerra Fria”, no século XX, apelando ao diálogo entre os responsáveis internacionais, perante a guerra na Ucrânia e noutras regiões.

“Não a um mundo dividido entre potências em conflito; sim a um mundo unido, entre povos e civilizações que se respeitam”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.

Francisco lançou um apelo aos chefes das nações e organizações internacionais, para que “reajam à tendência de acentuar a conflitualidade e o confronto”.

“O mundo tem necessidade de paz, não uma paz baseada sobre o equilíbrio dos armamentos, no medo recíproco. Não, isto não serve, significa fazer voltar a história de há 70 anos”, advertiu.

A crise ucraniana deveria ter sido – e pode ainda sê-lo, se houver vontade – um desafio para estadistas sábios, capazes de construir, no diálogo, um mundo melhor para as novas gerações”.

O Papa sustentou que é necessário passar “das estratégias de poder político, económico e militar a um projeto de paz global”.

“Continuemos a rezar pela paz na Ucrânia e em todo o mundo”, apelou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Francisco tem condenado a ofensiva russa na Ucrânia, com vários gestos de solidariedade para com as vítimas, alertando ainda para os efeitos do alargamento da NATO, que pode ser vista por Moscovo como uma provocação.

(Com Ecclesia)

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