Núncio Apostólico nos Camarões e Guiné Equatorial preside à Festa do Senhor Santo Cristo da Caldeira em São Jorge

O tríduo preparatório começa esta segunda-feira e será pregado pelo padre Dinis Silveira. Na quinta-feira haverá procissão de velas. O Santuário, que recebeu a Aldeia da Esperança é a Igreja Jubilar da ilha

Foto: Cartaz com a agenda da Festa do Senhor Santo Cristo da Caldeira

A ilha de São Jorge celebra este domingo a festa do Senhor Santo Cristo da Caldeira, considerada a mais importante festividade de verão e uma das maiores expressões de devoção popular da diocese, nas ilhas do triângulo. Este ano, a celebração será presidida por D. José  Avelino Bettencourt, Núncio Apostólico nos Camarões e na Guiné Equatorial, que é natural da ilha, com a qual mantém uma relação de grande familiaridade.

Esta segunda-feira e até quarta-feira, os preparativos irão mobilizar a comunidade local e numerosos peregrinos, desde logo com o inicio do tríduo que será pregado pelo padre Dinis Silveira, atual ouvidor da ilha. A cada dia, a Eucaristia será precedida da recitação do terço e do sacramento da reconciliação. Na quinta-feira, realiza-se a tradicional Procissão de Velas, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que percorrerá a Caldeira da Fajã de Santo Cristo. Já na sexta-feira, a juventude estará no centro da atenção com uma vigília mariana de oração.

A ilha e muitos jovens das designadas ilhas do triângulo- Faial e Pico- mobilizam-se em torno desta celebração. Sendo esta a última grande festa de verão das ilhas do triângulo, muitos aproveitam para aqui depositar as suas intenções antes de regressarem aos seus compromissos.

No domingo, ponto alto da festa, realiza-se a procissão com o habitual “Sermão da Praça”, atraindo centenas de peregrinos não só de São Jorge como também da vizinha ilha do Pico. Paralelamente, o programa contempla momentos de convívio, como o almoço comunitário de sábado, marcado pela partilha das tradicionais sopas.

Para além da dimensão religiosa, a festa inspira ainda novas propostas pastorais, sobretudo dirigidas aos jovens mais disponíveis para uma espiritualidade ligada à natureza, aproveitando este espaço único de reserva da biosfera, que este ano em julho recebeu a Aldeia da Esperança. Cerca de 300 jovens viveram ali o seu jubileu com atividades diversas marcadas por uma forte espiritualidade.

A devoção ao Senhor Santo Cristo da Caldeira remonta a uma lenda local, segundo a qual a imagem teria sido encontrada por um pastor a flutuar numa lagoa. Repetidamente levada para o povoado, regressava sempre, de forma misteriosa, ao lugar da fajã. “O Santo Cristo quer estar lá em baixo na caldeira”, terá dito a população, dando origem a um culto que atravessou séculos e continua a marcar a identidade espiritual da ilha.

O tema da festa é “Cristo, nossa esperança”, a partir da primeira Carta a Timóteo e que é comum a todos os santuários diocesanos.

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