Iniciativa tem lugar no dia 26 de setembro, às 20h00 no Centro Cultural de Santa Cruz e terá como oradora a diretora do Serviço de Comunicação da Diocese, Carmo Rodeia

“A esperança na amizade social e na Fraternidade Universal” a partir da Enciclica Fratelli Tutti do Papa Francisco é o tema do oitavo Diálogo no Tempo, uma iniciativa do Grupo Coordenador do Jubileu, neste ano santo da Esperança, juntamente com o Instituto católico de Cultura e a ouvidoria da ilha das Flores.
Numa ilha com cerca de 3400 habitantes e 27 nacionalidades residentes registadas, o acolhimento, o diálogo e a convivência serão temas a abordar numa terra onde a religião ainda marca a vivência quotidiana das populações, mas já começa a sentir a expressão do secularismo, expresso na atitude das pessoas e no fechar dos humanos sobre si mesmos, como se diagnosticava nos relatórios feitos antes da Visita Pastoral efetuada pelo bispo de Angra, em outubro do ano passado.
“A questão do homem já quase que não se sente, numa antropologia que põe a questão de Deus. A par de tudo isto, nos naturais de cá, nos que são naturais de fora e que para aqui emigram, há anseios do espiritual e o cultivo visível e invisível da espiritualidade muito ligada à meditação, à expressão corpóreo-espiritual e ao contacto com a natureza. Não sabemos de espiritualidades especificas existentes aqui, mas em muitos residentes e passantes há desabafos e expressões de que esta Ilha chama muito a uma espiritualidade natural e religiosa”, pode ler-se no texto que menciona a urgência de um diálogo ecuménico e até inter religioso necessário.
Os Diálogos no Tempo são uma iniciativa do Grupo Coordenador do Jubileu que visa aprofundar a fé cristã e discutir temas como a esperança, a paz e a piedade popular, através de encontros abertos à comunidade, utilizando a arte e a história para refletir sobre a esperança no contexto dos “sinais dos tempos”.
Os Diálogos no tempo ainda rumarão à ilha Terceira, por duas vezes e à ilha do Faial, em outubro, novembro de dezembro.