Papa Francisco valorizou “trabalho conjunto” de pessoas com deficiência e das suas famílias para serem “mãos, pés, voz, coração” do anúncio 

 O Papa Francisco valorizou hoje o trabalho que a Fundação «Madre de la Esperanza de Talavera de la Reina», originária de Toledo, em Espanha, desenvolve com as pessoas com deficiência e com as suas famílias.

“Vocês são as mãos de Jesus, quando trabalham juntos. Sois também os seus pés, a sua voz, o seu coração, quando sais para partilhar com os outros a alegria de o ter encontrado”, reconheceu esta manhã numa audiência aos membros da Fundação, que celebra 50 anos de trabalho e “crescimento conjunto”.

A Fundação «Madre de la Esperanza de Talavera de la Reina» tem como missão “contribuir, a partir de uma visão católica, para que cada pessoa com uma deficiência intelectual ou de desenvolvimento, juntamente com a sua família, possa avançar no seu projeto de vida com o apoio necessário, favorecendo a sua inclusão como cidadãos de pleno direito”, pode ler-se no site da instituição.

Francisco quis valorizar o trabalho que as pessoas desenvolvem na Fundação, indicando que “uma coisa tão pequena” é resultado da capacidade de cada um, sendo que “o resultado final pertence a todos”.

“Alguns de vós são artistas, fazem verdadeiras obras de arte, que depois são vendidas. Poder ganhar a vida é importante, porque o trabalhador merece o seu salário, mas acredito que o benefício do trabalho é maior para aqueles que recebem estes pequenos objetos, talvez como um presente, e veem todo o amor que puderam dedicar à sua realização. Como seria importante se no trabalho de cada pessoa pudéssemos ver toda a ilusão de aprendizagem, a paciência dos seus professores para os ensinar, o trabalho de equipa que é capaz de fazer convergir as diferentes capacidades de cada um num resultado final que pertence a todos. E todo este amor, numa coisa tão pequena… Parece incrível”, reconheceu.

O Papa sugeriu que a vida se assemelha a uma “Via-Sacra” com “muitas coisas para preparar, ouvir, aprender, experimentar” e que resulta de uma “ajuda mútua”, porque importa, explicou, “reconhecer que não se pode fazer sozinho”.

“E assim trazem Jesus aos outros, mesmo que não o percebam, e trazem-no com os vossos gestos, as vossas canções, as vossas orações, e é belo que na nossa pequenez, possamos ser testemunhas de Jesus, missionários da sua misericórdia, missionários do seu amor”, valorizou, num discurso publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Francisco explicou ainda que a alegria da ressurreição, que os cristãos celebram neste tempo indica o caminho do bem e do belo: “Somos livres de fazer o bem, de caminhar juntos em direção a esse objetivo. E a nossa cruz – isto é, o esforço, a paciência, o cansaço – resulta numa bela obra de arte, cheia de cor e esperança, que, quando é cosida nos nossos corações, dá-nos força e encoraja-nos a continuar”.

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