Papa pede padres ao lado de quem sofre

O Papa encontrou-se hoje com cerca de 2 mil membros do clero da Diocese de Roma, que convidou a estar ao lado de quem sofre, na cidade, denunciando situações de “marginalização social”.

“Estamos preocupados e entristecidos com tudo o que acontece todos os dias no mundo: fere-nos a violência que gera morte, interpelam-nos as desigualdades, a pobreza, as muitas formas de marginalização social, o sofrimento generalizado que assume as características de um mal-estar que já não poupa ninguém”, referiu, num discurso divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.

O encontro decorreu no Auditório Paulo VI, no Vaticano, tem começado com uma saudação do cardeal Baldassare Reina, vigário-geral de Roma, que apresentou o clero diocesano, composto por 809 sacerdotes e 149 diáconos permanentes – a que se somam sacerdotes e diáconos de outras dioceses de todo o mundo, atingindo um total de 8020.

“Queridos presbíteros e diáconos que desempenham o seu serviço na Diocese de Roma, saúdo todos com afeto e amizade”, começou por dizer o Papa, agradecendo o “esforço diário” dos responsáveis, no exercício do seu ministério, “às vezes acompanhado pelo sofrimento ou pela incompreensão”.

Leão XIV destacou a importância da comunhão entre todos os membros do clero, hoje “dificultada por um clima cultural que favorece o isolamento e a autorreferencialidade”

“Nenhum de nós está isento dessas armadilhas que ameaçam a solidez da nossa vida espiritual e a força do nosso ministério”, assumiu.

A intervenção falou ainda dos desafios do “cansaço” e da incompreensão, na vida sacerdotal, desejando que “cada um recupere a serenidade no próprio ministério”.

“Peço com o coração de pai e pastor: empenhemo-nos todos em ser sacerdotes credíveis e exemplares! Recebemos uma graça extraordinária, foi-nos confiado um tesouro precioso do qual somos ministros, servos”, assinalou o pontífice.

Leão XIV defendeu a necessidade de fazer “escolhas fortes e renúncias corajosas”, particularmente diante das “mil ofertas” da cidade, que podem “afastar do desejo de uma vida santa”.

O Papa convidou a olhar para os “sacerdotes santos que souberam unir a paixão pela história ao anúncio do Evangelho”, como Luigi Di Liegro (1928-1997) que, “perante tanta pobreza, deu a vida para procurar caminhos de justiça e de promoção humana”.

O discurso citou o apelo de Santo Agostinho para amar a Igreja e rezar pelas “ovelhas perdidas”.

“Asseguro minha proximidade, meu afeto e minha disponibilidade para caminhar convosco”, concluiu Leão XIV.

(Com Ecclesia e Vatican News)

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