Papa propõe «cultura da solidariedade» para promover dignidade humana

Dezenas de milhares de pessoas em Missa presidida por Francisco na localidade italiana de Campobasso.

O Papa Francisco apelou hoje à promoção de uma “cultura da solidariedade”, com o compromisso de todos os cristãos, para promover a dignidade humana e superar as consequências da atual crise.

 

“Servir a Deus no serviço aos irmãos, difundindo em todos os lugares a cultura da solidariedade: há tanta necessidade deste compromisso, diante das situações de precariedade material e espiritual, especialmente perante o desemprego, uma chaga que exige todos os esforços e muita coragem por parte de todos”, declarou, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas em Campobasso, na homilia da Missa a que presidiu.

 

No segundo momento da viagem à região italiana do Molise, que decorre neste sábado, Francisco retomou a sua preocupação com o problema da falta de trabalho, “que interpela de modo particular a responsabilidade das instituições, do mundo empresarial e financeiro”.

 

“É necessário colocar a dignidade da pessoa humana no centro de todas as perspetivas e de todas as ações. Os outros interesses, ainda que legítimos, são secundários”, sustentou.

 

O Papa evocou o exemplo da Virgem Maria para afirmar que “o caminho privilegiado para servir Deus é servir os irmãos que têm necessidades”.

 

A Igreja, precisou, é chamada a ser uma “serva” e a estar pronta para partir ao encontro das situações de maior necessidade, junto dos “pequenos e dos excluídos”.

 

O altar no antigo Estádio Romagnoli foi colocado debaixo de uma estrutura de bambu, que segundo a organização procurava evocar a gruta de Belém onde Jesus nasceu.

 

Francisco disse que o Senhor “está do lado das pessoas fracas, discriminadas e oprimidas” e que a Igreja deve estar ao serviço de Deus “na oração, no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade”, para oferecer à sociedade um “suplemento de alma”.

 

“O Senhor liberta-nos de amibições e rivalidades, que minam a unidade e a comunhão, liberta-nos da desconfiança, da tristeza, do medo, do vazio interior, do isolamento, dos queixumes”, prosseguiu.

 

Após a Missa, a agenda do Papa inclui uma saudação aos doentes na Catedral de Campobasso e uma oração em privado junto dos túmulos do bispo Alberto Romita (morto em 1939) e do arcebispo Secondo Bologna, que morreu durante o bombardeamento da cidade em 1943.

 

Francisco segue depois para a ‘Casa dos Anjos’, onde almoça com pobres assistidos pela Cáritas

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