Papa reforça preocupação com situação no Médio Oriente e na Ucrânia

Foto: Lusa/EPA

O Papa reforçou hoje a sua preocupação com a situação no Médio Oriente, evocando em particular o sofrimento das crianças.

“Lembrai nas vossas orações e nos vossos projetos humanitários as crianças da Ucrânia, de Gaza e de outras regiões do mundo atingidas pela guerra. Confio todos vós e as crianças que hoje sofrem à proteção de Maria, Rainha da Paz, e abençoo-vos de coração”, disse, no final da audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.

Na audiência geral desta manhã, Leão XIV deixou uma saudação aos peregrinos provenientes da Terra Santa.

“Convido-vos a transformar o vosso clamor nos momentos de provação e tribulação numa oração confiante, porque Deus sempre ouve os seus filhos e responde no momento que considera melhor para nós. Que o Senhor vos abençoe a todos e vos proteja sempre de todo o mal”, declarou.

Esta terça-feira, ao sair da residência de Castel Gandolfo, onde regressou durante algumas horas, o Papa falou de “notícias realmente graves”, referindo-se ao ataque israelita aos representantes do Hamas em Doha, Catar.

“Não sabemos para onde as coisas vão, cada vez mais graves, temos de rezar muito e continuar a trabalhar, procurar, insistir na paz”, referiu aos jornalistas.

Um ataque aéreo israelita visando o chefe da delegação de negociadores do Hamas, Khalil al-Hayya, em Doha, fez na terça-feira pelo menos seis mortos, segundo o movimento islamita palestiniano e as autoridades cataris.

Quanto à ordem imediata de evacuação por parte de Israel aos residentes da cidade de Gaza, tendo em vista uma escalada das operações militares, o Papa explicou ter tentado contactar o pároco da Sagrada Família, padre Gabriel Romanelli.

Horas depois, o pároco de Gaza informou que tinha conseguido comunicar com Leão XIV.

“Ele perguntou como estávamos e como estava a situação. Enviou-nos a sua bênção e rezou por nós e pela paz”, escreveu.

A presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que a fome provocada por Israel em Gaza “não pode ser uma arma de guerra” e “tem de acabar”, anunciando medidas para aumentar a pressão sobre Telavive.

“Pessoas mortas enquanto imploravam por comida, mães segurando bebés sem vida… Estas imagens são simplesmente catastróficas”, disse Ursula von der Leyen, no discurso sobre o Estado da União, durante a sessão plenária que decorre na cidade francesa de Estrasburgo.

(Com Ecclesia e Vatican News)

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