“Procuremos não perder nenhuma ocasião para amar”, pede Leão XIV

Foto: Vatican Media

O Papa disse hoje no Vaticano que as obras de misericórdia são uma marca da identidade católica, sublinhando a importância de promover gestos de amor.

“Na família, na paróquia, na escola e nos locais de trabalho, onde quer que estejamos, procuremos não perder nenhuma ocasião para amar. Esta é a vigilância que Jesus nos pede: habituarmo-nos a estar atentos, prontos, sensíveis uns para com os outros, do modo como Ele está connosco em cada momento”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação do ângelus.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Leão XVI sustentou que as obras de misericórdia são “o banco mais seguro e rentável onde se pode depositar o tesouro da existência”.

“Podemos pensar numa mãe que abraça os seus filhos: não é a pessoa mais bonita e mais rica do mundo? Ou em dois namorados, quando estão juntos: não se sentem um rei e uma rainha?”, exemplificou.

A reflexão partiu de uma passagem do Evangelho de São Lucas, na qual Jesus recomenda: Vendei os vossos bens e dai-os de esmola”.

“Exorta-nos, portanto, a não guardar para nós os dons que Deus nos deu, mas a empregá-los com generosidade para o bem dos outros, especialmente daqueles que mais precisam da nossa ajuda”, precisou Leão XIV.

“Não se trata apenas de partilhar as coisas materiais de que dispomos, mas de colocar à disposição as nossas capacidades, o nosso tempo, o nosso afeto, a nossa presença, a nossa empatia”, acrescentou.

O Papa afirmou que cada pessoa é, aos olhos de Deus, “um bem único, sem preço, um capital vivo, pulsante, que precisa ser cultivado e apoiado para poder crescer, caso contrário, torna-se árido”.

A intervenção alertou para o perigo de deixar a vida transformar-se num “objeto de consumo”.

“O dom de Deus que somos não foi feito para se esgotar assim. Precisa de espaço, de liberdade, de relacionamento, para se realizar e se expressar: precisa do amor que transforma e enobrece todos os aspetos da nossa existência, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Deus”, afirmou.

A reflexão concluiu-se com uma oração pela intercessão da Virgem Maria, para que os católicos possam ser, “num mundo marcado por tantas divisões, ‘sentinelas’ da misericórdia e da paz, como ensinou São João Paulo II e como mostraram de forma tão bela os jovens que vieram a Roma para o Jubileu”.

(Com Ecclesia)

 

 

 

Scroll to Top