Quatro asteroides “batizados” com nomes de um Papa e de padres jesuítas

Foto: Agência Ecclesia

Gregório XIII, o Papa do “calendário gregoriano”, foi um dos escolhidos

A União Astronómica Internacional (UAI) anunciou que quatro asteroides receberam o nome do Papa Gregório XIII e de três sacerdotes – Johann Hagen, Bill Stoeger e Robert Janusz – da Companhia de Jesus (Jesuítas), ligados ao Observatório Astronómico Vaticano.

Os quatro asteroides são “562971 Johannhagen, 551878 Stoeger, 565184 Janusz e 560974 Ugoboncompagni”, respetivamente os três padres Jesuítas e o nome de Batismo do Papa Gregório XIII, divulga hoje o portal de notícias do Vaticano.

 

Nascido Ugo Boncompagni, ao Papa Gregório XIII, que viveu no século XVI, se deve o chamado ‘calendário gregoriano’, introduzido em 1582 e utilizado no Ocidente, bem como o início da tradição dos astrónomos e observadores papais.

Os astrónomos cujos nomes foram atribuídos aos corpos celestes são os jesuítas Johann Hagen, que foi diretor do Observatório Astronómico do Vaticano de 1906 a 1930; Bill Stoeger, (1943-2014), cosmólogo e teólogo; e Robert Janusz, atualmente na equipa do Observatório.

As origens do Observatório Astronómico do Vaticano remontam a 1578, quando Gregório XIII erigiu no Vaticano a ‘Torre dos Ventos’ e convidou os jesuítas astrónomos e matemáticos do Colégio Romano a preparar a reforma do calendário, que foi promulgada em 1582.

O italiano Giovanni Battista Riccioli (1598-1671), por exemplo, desenvolveu o sistema de nomenclatura lunar usado hoje e denominou o chamado ‘Mar da Tranquilidade’, onde pousou a Apollo 11, no dia 20 de julho de 1969 (madrugada de 21 de julho, em Portugal).

Os membros da Companhia de Jesus já emprestaram o seu nome a mais de 30 asteroides até hoje.

O portal ‘Vatican News’ informa que os nomes dos quatro asteroides foram publicados pela União Astronómica Internacional no seu último boletim, no dia 7 de fevereiro.

A União Astronómica Internacional explica que a atribuição de um nome a um asteroide (ou planeta menor) se realiza através de um processo que, “nalguns casos, pode demorar décadas”, através de várias fases; os nomes propostos são avaliados por um grupo de quinze astrónomos profissionais, com interesses de pesquisa ligados a planetas menores e cometas.

(Com Ecclesia e Vatican News)

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