Reitor quer que o Seminário esteja no “coração” da Diocese

Semana dos seminários arranca hoje. 13 Seminaristas vão desenvolver trabalho pastoral em todas as ilhas à exceção do Corvo

A Semana dos Seminários que, decorre de hoje até 16 de novembro, arrancou na dicoese de Angra com duas vigilias de oração pelas vocações nas quais esteve a intenção do Reitor do Seminário Episcopal de recolocar a instituição “no coração da Diocese”.

As duas vigilias tiveram lugar nas igrejas da Agualva, na ilha Terceira e Rosário , na Lagoa, ilha de São Miguel e foram animadas por grupos de jovens e seminaristas, que nesta semana, vão estar em trabalho pastoral nas diferentes paróquias da Diocese, à semelhança do que vem sendo hábito.

Dos 17 alunos que estudam no Seminário apenas os do ano propedêutico(4) continuarão em Angra;os restantes vão fazer trabalho pastoral visitando escolas, salas de catequese, missas e centros de convivio para jovens, onde darão a conhecer a sua vocação e o ministério do sacerdócio.

O Seminário elaborou para o efeito cartazes, pagelas e desdobráveis que serão distribuídos pelas diferentes comunidades paroquiais.

“Depende de todos fazer do Seminário de Angra o coração da Diocese, testemunhar e pedir ao Senhor que envie operários para a sua Messe”, refere ainda o Pe Hélder Miranda Alexandre.

Este ano o lema da Semana dos Seminários é “Servidores da Alegria do Evangelho” com este apelo, especial do reitor do Seminário Episcopal de Angra, Pe Hélder Miranda Alexandre, para que a instituição seja “o coração da Diocese”.

“Mais do que nunca necessitamos da colaboração de todas as comunidades e párocos, especialmente da oração e da ajuda material. A formação nesta instituição não pode ser suportada só por parte da Igreja que está nos Açores” diz o Reitor do Seminário Episcopal de Angra, Pe Hélder Miranda Alexandre, na mensagem enviada a todas as comunidades e agentes de pastoral.

Neste breve texto, o responsável pela equipa de formação do Seminário refere a necessidade de “potenciar” vocações – o ano letivo arrancou com “apenas 17 alunos”- e, lembrando as palavras do Bispo de Angra, sublinha que “esta é uma ocasião propicia para consolidar todo o apoio e ação em prol das vocações aos ministérios sagrados”.

“Abandonemos igualmente as criticas destrutivas”, apela o Reitor na mensagem, destacando que há um trabalho a fazer nas diferentes ilhas, pois há lugares “que não têm qualquer seminarista há muitos anos”.

A Semana dos Seminário decorre em todo o país, na mesma data e o Presidente da Comisão Episcopal das Vocações e Ministérios já apelou a que o sacerdócio sirva, sobretyudo, os mais pobres e desprotegidos.

“Enquanto enviado ao mundo, [o padre] tem por missão sintonizar com todos os homens e mulheres, assumir as suas dores e acolher as suas alegrias, para as oferecer àquele que renova todas as coisas” escreve D. Virgílio do Nascimento Antunes.

A mensagem do responsável pela Pastoral vocacional no páis divide-se em quatro tópicos – padre, discípulo com discípulos; padre, pastor para os cristãos; padre, servidor da alegria do Evangelho – sendo o último a oração pela Semana dos Seminários 2014.

D. Virgílio Antunes começa por destacar que a Igreja e o mundo continuam a “reclamar padres que sejam homens de Deus, apaixonados por Jesus Cristo”.

“Não se pede ao padre que seja o compêndio de todas as virtudes humanas e espirituais, o herói que tudo pode e supera, o mestre que domina todas as áreas do saber, a perfeição no agir”, observa.

A mensagem realça que o percurso eclesial dos padres, desde a fase de descoberta vocacional até ao exercício do seu ministério, “é caraterizado pela condição de cristão/discípulo” onde “encontra a razão de ser da sua vida” e a disponibilidade para “acolher e anunciar a alegria do Evangelho”, para “integrar a comunidade e servi-la”.

“O Seminário é tempo, lugar e comunidade, em que os jovens aprendem a viver a alegria do Evangelho, em que sentem e assumem as alegrias e tristezas da humanidade, no concreto da relação com as pessoas com as quais se cruzam, dentro de casa, na escola de Teologia ou nos trabalhos apostólicos”, explica D. Virgílio Antunes.

O bispo de Coimbra realça que que a especificidade da vocação sacerdotal torna o padre “pastor dos outros cristãos”, cuja “maior alegria” se manifesta no acompanhamento das comunidades.

A mensagem refere que o sacerdote, chamado a viver a “intimidade de Cristo”, tem oportunidade de “conhecer de perto a fonte e as razões de toda a alegria”.

Também o Bispo de Angra exorta a Diocese a viver de forma “intensa” a semana dos seminários.

D. Antonio de Sousa Braga diz, na nota pastoral de outubro deste ano, sublinha a importância desta semana como ” uma ocasião propícia, para consolidar todo o  apoio e ação em prol das vocações aos ministérios sagrados”.

Apesar da dimuinuição significativa do número de alunos, o bispo de Angra diz que “não podemos desfalecer” e todos são convocados a “preparar bem o terreno e a semear com abundância e muita confiança. Há-de chegar o tempo da colheita”.

O Seminário Episcopal de Angra abriu este ano letivo com 17 alunos, menos quatro que no ano passado; 12 deles são de São Miguel.

Scroll to Top