Resposta da Diocese aos recursos das listas concorrentes à Misericórdia de Angra terá em conta o bem comum da instituição

Vigário Geral diz que os recursos interpostos serão analisados com o máximo de celeridade e seriedade.

A Diocese de Angra vai pedir um conjunto de pareceres a especialistas em Direito Canónico para ajuizar sobre a bondade jurídica da fundamentação dos recursos ordinários diocesanos interpostos pelas duas listas candidatas às eleições da Misericórdia de Angra, “com a máxima celeridade” , disse ao Portal da Diocese o Vigário Geral, Pe Hélder Fonseca Mendes no rescaldo das eleições para a Misericórdia de Angra do Heroísmo, que decorreram ontem à noite e deram a vitória, de forma expressiva, à lista B, encabeçada por Bento Barcelos.

 

Segundo Hélder Fonseca Mendes “a resposta tem de ser fundamentada e será sempre feita com base numa análise áquilo que é melhor para a prossecução do bem comum da instituição e do seu funcionamento”.

 

O Vigário Geral não avança prazos para uma resposta mas garante que terá em conta a “celeridade” do processo e que “se for possível responder ainda antes da posse o fará”, mas alerta que a tomada de posse dos novos corpos sociais, prevista para Janeiro, não ficará dependente da análise dos recursos, especialmente o interposto pela lista perdedora, a lista A, encabeçada por António Cunha.

 

“Os recursos têm objetos diferentes e na verdade terão de ser vistos de forma diferente”, embora admita que a lista B, por ter vencido as eleições, possa desistir do recurso.

Hélder Fonseca Mendes alerta, no entanto, para a “necessidade dos irmãos perceberem que o que está em causa é sempre o bem comum e por isso ele tem de se sobrepor a questões formais” que, “sendo legítimas”, podem “pôr em causa o normal funcionamento das instituições”.

 

Recordo que este processo eleitoral para a Santa Casa da Misericórdia de Angra foi bastante conturbado com as duas listas a tentarem excluir-se mutuamente, tendo chegado mesmo à barra do Tribunal de Angra, duas providências cautelares que foram rejeitadas pelo facto do Tribunal se ter declarado incompetente para ajuizar sobre a matéria de facto apresentada pelos concorrentes.

 

As eleições decorreram ontem tendo a lista B saído vencedora depois de obter 679 dos 910 votos expressos, naquela que foi considerada uma votação “muito participada”.

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