Rita Ornelas é uma das religiosas açorianas mais novas a servir no país

É irmã nas Servas de Nossa Senhora de Fátima

Rita Ornelas é Serva de Nossa Senhora de Fátima, congregação a que se ligou na paróquia do Parque das Nações, em Lisboa, e na qual professou em 2018.

A vocação surgiu depois de um afastamento da Igreja, quando o deslumbramento pela grande cidade a fascinou mais do que qualquer outra coisa. Aos 18 anos saíu da Terceira para Lisboa, onde foi licenciar-se em Desporto.

“Fiquei deslumbrada e durante dois anos em Lisboa estive afastada até da prática religiosa que adquiri na ilha Terceira. Só que esse período foi também um período de grande vazio. Voltei á missa e cada vez tinha mais necessidade de missa; estava com os jovens mas isso não me saciava e pertenci a um projecto de missão mas também isso era pouco” refere em entrevista ao Igreja Açores, publicada no passado dia 8 de dezembro.

“A vocação demora o seu tempo e só cresce à medida em que nos damos e nos vamos inquietando sobre o que Jesus quer de nós”, acrescenta.

Esta jovem, natural da ilha Terceira, paroquiana da Sé de Angra, é hoje uma religiosa das Servas de Nossa Senhora de Fátima, uma congregação que esteve nos Açores até 2014. Atualmente está na Ericeira, numa comunidade onde o contacto com crianças continua a ser uma prioridade. Licenciada em Desporto, e agora também em ciências Religiosas, esta jovem coordena o projecto “Põe-te a mexer com Jesus”, lidando com crianças dos 3 aos seis anos que fazem desporto mas focados na fé.

“O Senhor quando chama para a vida consagrada chama-nos inteiros e eu aqui estou procurando sempre ser fiel a Jesus”, refere ainda.

Maria Rita é apenas mais uma açoriana nas Servas de Nossa Senhora de Fátima, que a par da Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição constituem duas das congregações com mais açorianas ao serviço.

Entrou na Congregação em 2014 com 24 anos. Foi  a primeira jovem açoriana, natural da paróquia da Sé, em Angra do Heroísmo, no espaço de 20 anos a optar pela vida religiosa consagrada.

Na altura, numa entrevista ao Igreja Açores dizia sem reservas: “Eu quero ser serva de Deus não quero apenas fazer coisas , ser boazinha ou ajudar os outros… quero estar a tempo inteiro ao seu serviço. A diferença entre fazer e ser é, talvez, a fronteira que separa a minha vida até aqui e daqui para a frente”.

As Servas de Nossa Senhora de Fátima foram fundadas em 1923 por Luíza Andaluz, em Santarém. Atualmente as 189 irmãs, estão presentes em oito dioceses portuguesas- Beja, Lamego, Leiria-Fátima, Santarém, Setúbal, Guarda, Coimbra e Aveiro-  e espalhadas por sete países – Portugal, Guiné Bissau, Brasil, Angola Moçambique, Bélgica e Luxemburgo.

O Carisma e a Missão é essencialmente apostólico-pastoral, com dimensão contemplativa na ação.

A vida pastoral da Congregação, em virtude do seu carisma, realiza-se na Igreja, com a Igreja e pela Igreja em comunhão com o Papa, expressa pelo voto de obediência da Superiora Geral, no dia da eleição.

A relação que a Congregação estabelece com os Bispos das Dioceses onde trabalha, tem sempre como lema “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a vossa Palavra” o que manifesta o desejo de cada serva viver o seu compromisso no ministério redentor, como Maria, Mãe de Cristo Sacerdote.

Atualmente existem na Diocese de Angra 11 Institutos e Congregações Religiosas de Vida Consagrada: oito femininas e três masculinas. A única congregação que tem província nos Açores é a Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição.

A Igreja vive este domingo o Dia do Consagrado, depois de uma semana vivida sob o tema ‘Consagrados para evangelizar’.

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