
A candidatura ao Registo no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial por parte dos Romeiros de São Miguel foi aprovada e as Romarias Quaresmais de São Miguel já estão inscritas nesse Inventário nacional, segundo publicação no Dário da República.
Esta é uma “manifestação religiosa específica na ilha de São Miguel, do arquipélago dos Açores, que se caracteriza e se singulariza das demais romarias, pelo facto de se tratar de uma romaria realizada exclusivamente pelo sexo masculino e pelos elementos e componentes de estrutura e organização interna” refere a justificação para a aceitação do Registo, que descreve a forma como é organizada a romaria, que é realizada durante a época quaresmal, onde ranchos de romeiros percorrem a ilha a pé, em penitência e oração, durante oito dias.
O pedido feito pelos Romeiros visa garantir a proteção legal desta manifestação cultural e o registo é o primeiro passo para a formalização de uma candidatura mais ampla a Património Imaterial da Humanidade. Há muito que o Movimento o deseja e, desde a celebração dos 500 anos das Romarias em São Miguel, no ano 2022, têm sido dados passos significativos para essa meta.
As Romarias quaresmais são uma das expressões mais características da piedade popular em São Miguel. Ocorrem todos os anos durante o período das sete semanas da Quaresma. Cada grupo de Romeiros percorre a ilha de São Miguel durante uma semana visitando as igrejas e as ermidas dedicadas a Nossa Senhora, além de outros templos sob outras invocações.