Há 53 anos que é assim, no domingo seguinte à celebração da Festa do senhor Santo Cristo em Ponta Delgada
A Festa do Senhor Santo Cristo em Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, no fim de semana a seguir ao da festa em Ponta Delgada, é o exemplo de como as “dificuldades podem ser uma oportunidade para estar junto do Senhor” afirmou o padre Alexandre Medeiros, o pregador convidado para a edição deste ano no contexto do Jubileu da Esperança.
O sacerdote açoriano, que neste momento serve na Arquidiocese de Évora foi o pregador da festa que se realizou sábado e domingo, primeiro com a mudança da imagem e, depois, com a celebração eucarística e a procissão pelas principais artérias de Vila do Porto.
O sacerdote convidou os marienses a renovar a sua esperança no Senhor Santo Cristo, fazendo uma viagem pela história da ilha, apelando a que a ilha do sol, como é conhecida a ilha de Santa Maria, continue a acreditar “na justiça e no amor de Deus”, sublinha uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores.
Esta tradição nasceu em 1971, quando um grupo de funcionários do Aeroporto de Santa Maria não podendo deslocar-se a Ponta Delgada decidiu organizar uma festa semelhante, onde os marienses pudessem pagar as suas promessas como fazem em São Miguel.
Esta festa religiosa promovida pela Irmandade do Senhor Santo Cristo de Santa Maria, é celebrada noutras ilhas do Arquipélago dos Açores como a Graciosa, São Jorge e Flores -, bem como nas comunidades na diáspora, “em vários locais do Canadá, por ser um culto muito próprio dos açorianos. Na ilha do Faial existem 2 celebrações do Senhor Santo Cristo: uma em fevereiro, quando se promove o voto pela Câmara Municipal e no 1º domingo de Maio de cada ano, na festa paroquial na Praia do Almoxarife.
Na procissão solene no domingo em Santa Maria, a Imagem foi acompanhada pelos acordes das bandas Lira das Sete Cidades e da Recreio Espirituense.